Vira e mexe, nessas conversas sobre relacionamento, homens e mulheres, as pessoas soltam crenças do tipo "em baladas não se encontra gente 'séria'!" ou ainda "mulher que está na balada não é pra namorar".
Parto do princípio de que não existem regras que caibam para todas as pessoas. E quando digo todas, vale lembrar de que estou falando de cerca de 7 bilhões de pessoas. Não tem como desconsiderar a singularidade de cada um.
Confesso que, quando solteira, não fui uma frequentadora assídua. Porém, o motivo tinha a ver exclusivamente com minhas preferências: não curto lugar com barulho mais alto que o tom de voz das pessoas e nem com muita gente. Mas este é o meu gosto. Diferente (e ainda bem) do gosto de milhares de pessoas.
De todo modo, já estive algumas vezes em baladas e minha personalidade ou minhas intenções nunca se alteraram automaticamente ao entrar num ambiente assim. Isso significa que as pessoas que estão nas baladas são, muitas vezes, as mesmas que trabalham, frequentam cinemas, encontros familiares, teatros, shoppings e até igrejas.
Além disso, posso garantir que conheço várias pessoas, tanto homens quanto mulheres, muito bacanas, que querem algo sério, sim, que estão a fim de se comprometer, sim, e que frequentam baladas.
Seguindo este raciocínio, significa que se você vive alimentando ideias preconcebidas sobre onde estão as pessoas 'sérias', que querem compromisso, que estão a fim de namorar, pode estar reduzindo drasticamente suas chances de conhecer alguém que realmente valha a pena.
O melhor jeito de se dar bem no amor é andar com o coração aberto, os olhos atentos e os ouvidos muito interessados em pessoas. Pessoas em geral. Porque quem não for atraente pra você como par, pode se tornar uma grande amizade e, inclusive, terminar apresentando aquela pessoa com quem você tanto sonhou.
Resumindo, pare de rotular as pessoas por quaisquer motivos sem ao menos conhecê-las. E não estou falando de dar uma chance a elas. Estou falando de dar uma chance a você mesmo!
Comece a acreditar que o amor, o seu amor, pode estar no lugar mais improvável do mundo. Não existem regras. Não existem lugares e horários preestabelecidos. Não há luzes piscando para te indicar o caminho ou a pessoa exata, à primeira vista.
O que existe, na verdade, é o exercício de viver, o direito de experimentar e a chance de aprender com todos os acontecimentos. E é por isso que o amor é a melhor e mais eficiente oportunidade que nos foi dada para que nos tornemos pessoas mais inteiras e mais autênticas.
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Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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Publicado por Rosana Braga
em Almas Gêmeas
