Não me valorizam...

Não me valorizam...
Autor Adriana Mangabeira - [email protected]
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Toda a sua vida, percepções, emoções, relações, pessoas e verdades foram criadas a partir de sua autoimagem. Por isso, nas relações, há tanta expectativa não atendida. Cada um vê o outro e o grupo da mesma forma, com mesmos parâmetros de como se vê.

As pessoas dizem como você é legal, inteligente, especial, querido. Mas não faz diferença. Você verá os outros como se vê;
Esperará dos outros o que tem vontade de fazer, mesmo que inconscientemente, mesmo que não tenha coragem de agir assim;
Você vai reclamar dos outros, ou do governo, da vida, até da Justiça Divina aquilo que não consegue fazer por si mesmo;
Vai se irritar com tudo aquilo que não gosta em si mesmo;
Vai sentir raiva de quem ostenta estar bem ou vai fugir de ver as misérias do mundo. Isso esconde a culpa em estar bem ou melhor que os demais e a raiva de si mesmo por isso;
Vai ficar irado ou muito irritado sem motivo, toda vez que não ouvir ou sentir a alma, os pedidos da criança interior, as tristezas.

Vai adorar as qualidades que já tem em você, mas que talvez não consiga enxergar dentro de si mesmo e precise reverenciar fora para, um dia, alguém lhe decepcionar e você ter que desenvolver ou descobrir que sempre teve aquilo dentro de você, mais do que a outra pessoa parecia ter. Mas, se você continua esperando do outro, atrairá mais uma decepção e mais uma, mais outra e outra. Até perceber que você já é assim e que não há mal algum em ser muito legal e muito especial. Você é assim porque é assim e não porque é o certo. Assim você pode permitir ao outro que ele seja como quiser, não necessariamente permanecendo na convivência, mas sem a menor necessidade de mágoas. Isso é perdão real, amor incondicional real, compaixão real.

Não existe mágoa real, ressentimento real ou perdão real a não ser sobre si mesmo. Se você se aceita como é, não se reprime, permite-se expressar o que sente e agir como sente, você permite ao outro também. Você se perdoa porque se ama, então, é capaz de amar o outro. Só quando nos amamos podemos amar e ser amados. Porque, só quando nos amamos, desenvolvemos a capacidade de nos sentirmos amados; nisso, está implícito dar e receber amor. A capacidade é desenvolvida consigo mesmo e, só depois, expandida a alguém. Enquanto não nos amamos como somos, em total aceitação, vamos desejar mudar a vida, a sociedade, o filho, o pai, a mãe, o companheiro.

Compaixão de verdade é não querer mudar o outro. Isso acontece quando temos, primeiro, compaixão por nós mesmos e, ao invés de projetarmos no outro nossos defeitos e expectativas de autotransformação, ocupamo-nos do nosso processo de autoamor e autolapidação. Uma coisa não exclui a outra. Quem se julga, esconde as sombras. Quem se ama, ilumina esses aspectos com amor e compaixão, olha-se, cuida-se e se transforma, repolarizando o mesmo conteúdo para uma atitude proativa, levando para a criação, construção da vida desejada.

A construção da vida desejada não se faz tendo isso ou aquilo, mudando outrem ou coisas externas, circunstâncias. Se faz usando as ferramentas que se tem em mãos, os presentes que a vida já ofereceu e oferece todos os dias para experimentar as sensações e experiências desejadas., sem depender de outros.

Muitas vezes o processo de autolapidação está em abrir mão da culpa e medo de brilhar, de ser diferente, de não ser aceito ou amado. Passa por se amar primeiro, experimentar ser adulto, crescer e dar colo pra criança interior e deixar ela expressar do que precisa ou, simplesmente, se expressar – uma risada, uma brincadeira, dançar, cantarolar, desafinado, correr no parque ao sol, ficar de preguiça na cama...

Quando a gente se olha, com amor, com espírito de aventura, sobra pouco ou quase nenhum tempo para olhar pro que não interessa. Muito menos para reclamar ou sentir coisas “chatas”.

Ouso dizer que muito de nossa felicidade é RE-conhecer quem sempre fomos. Todos temos uma gama enorme de virtudes e qualidades. Valorizar-se não é exigir esta valorização do outro por nós mesmos. Valorizar-se é se amar, preencher-se, estar feliz, não ter tempo para criar demasiadas expectativas, porque estamos ocupados em criar e nos divertir. Como reclamar que alguém não reconheceu se somos nós, em primeira instância, que não nos valorizamos?

É urgente reconhecermos, aceitarmos e amarmos quem somos como somos. Lembremos que iremos atrair mais e mais experiências para nos mostrar isso. Acho mais gostoso sermos proativos e não reativos.

Encerro esta reflexão, convidando a uma reformulação de nossa autoimagem e a assistirmos esse vídeo bem rapidinho que nos ajuda nisso e é lindo, emocionante, comovente no olhar sobre nós mesmos.



Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Adriana Mangabeira   
CONSULTORIA SISTÊMICA: Treino, Orientação e suporte para transformar sonhos em metas, planejar concretizar e alavancar objetivos. Atua com Mentoring, Coaching Sistêmico e Terapias Quânticas Integradas, Consultora pessoal e organizacional, escritora e Palestrante. Colaboradora em grandes Congressos On Line e de Portais.
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