Dois vídeos divulgados esta semana numa rede social me chamaram a atenção e serviram de inspiração para este texto. O primeiro deles mostrava um bebê de aproximadamente seis meses, deitado de bruços e sendo amorosamente acariciado na pele das costas, pela mãe. Quando ela parava a massagem, ele mostrava o desagrado através de um movimento corporal e um som.
Isto me fez refletir sobre o estado inocente, puro e sensível com que chegamos ao mundo. Nascemos com uma grande capacidade de percepção, com o dom de sentir a energia do amor, transmitida através do toque físico ou de um simples olhar.
Lamentavelmente, para muitos seres humanos, esta sensibilidade vai sendo perdida na medida em que crescem e alguns chegam ao extremo de não suportar o toque de alguém em seu corpo físico.
A jornada em busca da paz interior exige de nós refazer o caminho de volta a este estado natural e espontâneo que o divino nos concedeu. E aí entra o segundo vídeo, que me comoveu e encantou.
Uma senhora de 97 anos dançando na rua, ao lado de um grupo musical que se apresentava. Ver aquele ser já tão maduro, com um corpo físico franzino, mas com aquela chama intacta, que esperava apenas por um estímulo para se acender, foi um exemplo maravilhoso do quanto o amor pela vida e uma vocação inexorável para a felicidade podem estar presente em cada um de nós, independente do tempo que estivermos vivendo.
Redespertar este poder, resgatar a capacidade de percepção e a sensibilidade, de modo consciente, pode ser possível para aqueles que se dediquem a este objetivo de modo entusiástico.
Amigos de Salvador, estarei na cidade em maio, com o workshop "O poder interior". Para informações e inscrições escrevam para o meu email.
"A palavra entusiasmo é muito bonita. Provém de duas raízes: "en" e theos". Theos vem do grego Deus. Quando alguém está cheio de Deus, está cheio de entusiasmo. Estar cheio de Deus significa estar cheio de esperança de que a atualidade não é o fim do mundo, que o que ocorreu não é nada comparado com aquilo que vai suceder, que o passado é muito limitado e o futuro sem fim, e que a atualidade é só uma parte muito pequena do possível.
O possível é vasto como o céu. A atualidade é só a tua casa, não muito... uma ilha muito pequena num oceano de possibilidades.
A verdadeira paciência é um profundo entusiasmo... Não é aborrecido, cada poro de teu ser está vivo, em chamas... tua espera não é monótona. Esperas alerta, esperas com confiança. Sabes, no mais profundo, que vai ocorrer. Não ocorreu ainda, mas há uma tremenda certeza em teu coração de que vai ocorrer. Isto é o que significa entusiasmo". Osho - Deus não está à venda.
Publicado por Elisabeth Cavalcante
em Autoconhecimento
