No primeiro momento, esta pode parecer uma pergunta sem sentido. Afinal, temos uma identidade, sabemos onde nascemos, quem são nossos pais, que profissão escolhemos ter, enfim, as informações básicas que formam o nosso eu social. Afinal, sem ele não poderíamos atuar no mundo, pois, todos, sem exceção, necessitam de uma identidade pública para serem incluídos na sociedade.
A questão é que a maioria de nós vive em total sintonia com esta personalidade, esta máscara que encobre a face real. Muitas patologias têm como raiz essa distorção entre o que somos de fato e o papel que representamos diante do mundo.
A infelicidade, oculta sob uma camada de atitudes mecânicas, é um dos principais motivos das chamadas doenças da alma, aquelas que muitos não ousam admitir nem para si mesmos.
Admitir exige o passo inicial, que é tomar consciência do fato, o que, para estes, ainda é algo inatingível. Aqueles que nasceram com uma vocação inquestionável para a felicidade, em algum momento, sentirão o desconforto chegar a um nível insuportável.
A partir daí, começarão a questionar-se interiormente acerca de quem são realmente, quais os sentimentos que os angustiam, as necessidades que não se encontram satisfeitas e como fazer para obter a paz interior que desejam alcançar.
Responder a estas questões nem sempre é fácil já que, a princípio, as respostas serão nebulosas, influenciadas por camadas e camadas de condicionamento e sugestão exterior.
Porém, é fundamental não abandonar o caminho e assim, aos poucos, a visão se tornará mais clara. O passo seguinte é acolher esta nova realidade com coragem e determinação, para não ser arrastado de volta, pelo turbilhão que tentará nos manter acomodados na zona de conforto do velho e conhecido padrão.
Ainda que o verdadeiro Ser possa demorar um bom tempo para se tornar plenamente perceptível, uma vez descoberto, ele precisa ser cuidadosamente nutrido e resguardado, pois é a fonte de toda a paz e felicidade com que sempre sonhamos.
Amigos de São Paulo, estarei na cidade de 12 a 17 de Abril. Para agendar uma consulta escreva para o meu email.
Publicado por Elisabeth Cavalcante
em Espiritualidade
