Quando estamos construindo a Paz

Quando estamos construindo a Paz
Autor Camilo de Lelis Mendonça Mota - [email protected]
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Hoje acordei com a lembrança de uma frase de ‘Abdul-Bahá que li tempos atrás: "A Terra não pertence a um só povo, mas sim a todos os povos. Não é o lar, e sim o túmulo do homem. É por seus túmulos que esses homens estão brigando". A afirmação era uma referência a uma guerra que estava ocorrendo em 1911. Lutar até a morte sobre os próprios túmulos é a imagem que durante muito tempo vem ecoando em mim quando tento compreender qual o meu papel na construção da Paz no mundo e por que os homens continuam criando condições cotidianas de guerra. Num instante, tentando construir um novo parágrafo para este texto, viajei no tempo e me dei conta que desde a adolescência venho buscando compreender as razões do sofrimento humano, as minhas próprias razões e as dos outros. E sempre me deparo com a Paz como intermediária das compreensões. A imagem que criei para mim para simbolizá-la é um lago sereno. Mesmo que em sua superfície sejam arremessadas pedras, que provoquem ondulações, modificando-lhe a serenidade temporariamente, ainda assim, o lago volta a se recompor, sua superfície retoma a sua condição de espelho do céu estabelecido sobre a base terrena. Desde então venho conquistando, a cada dia, a oportunidade de me tornar o meu próprio lago, em que pedras, peixes, vegetação e água podem conviver em harmonia e movimento.

Esta metáfora da natureza mostra que o autoconhecimento é a chave para a construção da paz em si mesmo e na sociedade. Quando nos percebemos como uma totalidade, uma unidade essencial, somos levados a compreender cada um dos aspectos que nos motivam a viver, a amar, a ser. Nem toda hora somos "do bem", nem toda hora temos razão. Aceitar a si mesmo e ter a atitude de mudar quando for necessário já é um bom caminho para começar a construir em si a paz. Guerrear contra si mesmo (através do desenvolvimento de culpa, medo, raiva ou mágoa) é sinal de que estamos arremessando pedras contra nosso próprio lago interior.

A guerra que está acontecendo hoje nalgum outro país distante, as atitudes de opressão do governo iraniano contra as minorias religiosas de seu país, o homem que invade uma escola e mata dezenas de pessoas nos Estados Unidos, o político que sucumbe à teia da corrupção. O que isso tudo tem a ver conosco? Em que medida também fazemos parte deste universo de agressividade que ronda o nosso mundo, nosso planeta, cidade ou casa? O que podemos fazer para mudar isso? Primeiramente, penso que devemos procurar a cada dia não nos deixarmos abater por qualquer sugestão de ceticismo. A sombra da desesperança é contrária à paz. Em seguida, devemos nos olhar em nosso próprio lago e perceber o quanto estamos serenos, ou não, e trabalhar diligentemente para sermos cada vez mais senhores de nosso próprio destino, conhecendo cada vez mais a nossa própria natureza, de maneira a respeitar a natureza de nosso próximo. E isto não se faz com palavras somente. É preciso agir. Precisamos, a cada novo dia que nasce, aprender a amar como se não houvesse amanhã, como bem diz a canção.



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Conteúdo desenvolvido por: Camilo de Lelis Mendonça Mota   
Terapeuta Holístico, CRT 42617, Psicanalista, Mestre de Reiki, Karuna Reiki, Terapeuta Floral. Atendimento terapêutico em Araruama-RJ, São Pedro da Aldeia-RJ e Saquarema-RJ com hora marcada Tel. (22) 99770-7322. Visite também o site www.camilomota.com.br
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