Triângulo das Bermudas

Triângulo das Bermudas
Autor Milton Roza Júnior - semendereç[email protected]
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Quando se olha para o céu, vê-se uma imensidão de estrelas. Algumas parecem dispersas, desgarradas de seu ventre estelar, tavez à espera de um chamado. Outras dão formas a corpos ou objetos conhecidos pela mente humana irriquieta.

Olhando com mais atenção, vê-se algumas em conjunção parecendo nos mostrar um caminho. É com o consentimento do Arquiteto que nos deparamos com a constelação de Orion e de Gemini. Talvez, respectivamente, cabeça e pé. Alinhamento de três estrelas de nossa cérebro, com pólux e cástor assentados no chão do Cosmos.

Admiração é que não falta à imaginação fértil, onde o humano, uma partícula no oceano, se amolda ao "Grande Círculo". Pois se foi provado que a Terra não era quadrada, poderá se provar, algum dia, que o Universo é redondo. Uma bola de tênis na mão divina.

Consegue-se ir tão longe no apreciar que se vê buracos negros sugando a energia etérica, lá tudo é lançado à não polaridade como um nêutron, pois ao meu modo de ver "O NADA" é um portal definido com um propósito, quiçá um local onde se lança matéria a anos-luz para outra ponta do Universo, um lugar que voltamos aonde paramos. Um triângulo das Bermudas.

É para onde iremos?

Para o vácuo, para o "NADA"?

Não acredito que seja tão fácil assim. Acredito que não haverá mais confronto entre polaridades para que terminemos numa vida sem sentido. Sem humanidade. Sem uma vida frutífera do trabalho solidário. Sem frutas doces de uma macieira. Desta vez não é a maçã que está caindo na nossa cabeça, é o pomar. Acha-se graça se o Urubu de baixo defecar no de cima? Pois é. É o que está acontecendo.

Não se tem mais valores ou a visão de astros para compartilhar com o próximo, pois astros agora estão num palco. Era muito gratificante o tempo onde se acompanhava o movimento das estrelas. Hoje se a pessoa fica olhando muito para cima, o carro passa por cima. O irmão o trai. O vizinho o enlouquece. A mãe o joga no rio. O cônjuge esquece de você. O filho não lhe dá a mínima e se entorpece.

Pois é assim. Mas acho que ainda tem solução mesmo que todo o pomar caia sobre nossas cabeças. Visto pelo lado positivo, teremos mais trabalho, pois as raízes estavam podres, não estavam mais aguentando tanto agrotóxico, tanta ganância de vender para mais e mais pessoas.

Não nos importamos com o consumo da água por várias décadas. Não nos importamos se o sertão vira deserto ou pela Amazônia estar ficando careca. Não importa termos muito ou pouco ar em nosso pulmão humano. Nem na morte por fome de um irmão africano. Nos importamos, sim, em não deixar que nosso bolso se torne um buraco negro. Um eterno tira e sai sem propósito de um falso triângulo das Bermudas. 

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Milton Roza Júnior   
O autor Milton Roza Júnior, lançou seu livro "A Semente" na bienal do Rio de Janeiro (estande M33/pavilhão VERDE). Uma conquista feita por trabalho, empenho e talento. O escritor só tem a agradecer e nada a pedir. NAMASTÊ.
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