Meu bichinho se foi e estou revoltada(o)!

Meu bichinho se foi e estou revoltada(o)!
Autor Íris Regina Fernandes Poffo - [email protected]
Facebook   E-mail   Whatsapp


Aquele(a) companheiro(a) que você tanto estimava faleceu, levando junto um pouco de você? Está difícil aceitar o que aconteceu?

Alguns tutores(as) aceitam com certa facilidade, reagindo com resignação diante da morte, mesmo que não deixem transparecer a tristeza que sentem, pela falta que seu companheiro, ou sua companheira fará.

Mas, a maioria demonstra sentimentos de raiva, revolta, frustração, impotência e indignação entre outros.

Imensamente difícil e trabalhoso lidar com a morte nas primeiras horas e/ou nas primeiras semanas, quando não aceitamos (ou não queremos aceitar) que a indesejável partida ocorreu. Principalmente se foi repentina e/ou não houve um momento de despedida.

Se ele(a) partiu, algum motivo maior deve haver. E como não entendemos, nem aceitamos o que nos foge do controle, tendemos a nos revoltar, a nos culpar ou a culpar alguém.

Tendemos a questionar a competência dos veterinários, e duvidamos que tenham feito tudo que o podiam para salvar a vida dele(a).

As vezes nos aborrecemos ainda mais, ou ficamos indignados, com os comentários dos parentes e amigos a respeito da maneira que nos sentimos deprimida(o) “só porque um animal faleceu”. Isso é falta de empatia.

Há picos de choro e de revolta contra Deus, contra todos e contra tudo, porque o bichinho amado morreu! E o mesmo ocorre quando um ente querido humano falece.

Temos todo o direito de chorar e tirar nossas próprias conclusões, com base nas nossas crenças e história de vida.

Porém, nossos conhecimentos são limitados, nossos sentimentos são egocêntricos e tendemos a negar, e a não aceitar, o que vem de encontro com nossos sonhos e expectativas, por causa do nosso orgulho ferido.

Pensemos com discernimento: ficar zangada(o) e revoltada(o) piora ou melhora a dor do luto?

E a saúde, como fica? Tudo bem tomar um monte de remédios para dores de cabeça, dores de estômago, insônia, depressão, etc.?

É importante respeitar e acolher a nossa dor! Porque aquele serzinho era único na nossa vida! Ele ou ela tinha um papel especial!

Normal ficar triste, chorar, sentir falta. Mas, sem exageros! Sejamos nosso melhor amigo, ou nossa melhor amiga para encontrar dentro de nós, a força e o encorajamento para crescer com esta experiência.

Mas, por que ele(a) tinha que morrer? – Talvez você esteja perguntando.

Nascer, crescer e morrer faz parte do ciclo da vida das flores, das árvores, das borboletas e de todos os seres do reino animal, incluindo o amado bichinho do coração e nós, animais humanos.

O nascimento só tem uma porta de entrada: o ventre da mãe. O falecimento tem múltiplas portas de saída: acidentes, atos de violência, enfermidades ou a velhice.

Alguns partem jovens, “na flor da idade”, outros idosos quando os muitos anos de vida levam ao esgotamento da energia vital e de seus órgãos.

Com humildade e força de vontade poderemos aprender a aceitar aquilo que não podemos mudar! Com o passar dos dias poderemos entender melhor, de tudo um pouco, e transmutar a nossa dor em aprendizado!

Tentemos ampliar nossos horizontes, pois a revolta, a raiva e a culpa nos cegam. Para que? Para desenvolvermos a mais sublime virtude, que é aprender a amar!

A vida é cíclica, não linear! Não somos apenas um corpo de carne e osso! Somos seres espirituais, indo e vindo do mundo astral para o mundo terreno e vice versa.

Pelo lado espiritual: o corpo físico do amado bichinho pereceu, e a alma (ou o espírito) que animou seu corpinho continua viva, assim como era antes de renascer e conviver conosco. Ele ou ela pode estar ao seu lado agora!

Um dia entenderemos que há algo maior regendo as nossas vidas, a nossa e a dos pets, e que esta fonte de amor e luz nada faz para nos prejudicar.

Um dia aprenderemos a não ser tão possessivo(a) e egoísta, deixando aflorar o altruísmo e a benevolência latentes em cada um de nós! E nos prepararmos para uma nova adoção, pois há muitos pets precisando de um lar.
 
Artigo publicado em 10/01/2021 e revisado em 16.10.2022

Texto Revisado


Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 2



Compartilhe Facebook   E-mail   Whatsapp
foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo   
Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.