Muitos estão preocupados com os jovens. Reproduzimos, sucintamente, mensagens que representantes de aldeias indígenas, dos EUA e do Brasil me passaram durante uma entrevista, no intuito de despertar e fortalecer a conexão com o divino, com o bem e com a natureza.
Segundo Uqualla - tribo Hedesupea - The Blue Ring Waters, Arizona (EUA): Gostaria que os jovens se permitissem ter contato como os sons e com os cheiros da natureza, reaprender a ver e a sentir a beleza ao seu redor. Gostaria que houvesse mais compaixão. Mas, as pessoas não têm ideia do que isso significa. Isto é simples, mas nós complicamos! Devemos aprender que sofrer também faz parte da vida. As pessoas vivem como inimigos, uns ferindo os outros. Devemos amar a nós mesmos em primeiro lugar! Amar é a melhor condição para se ter uma boa vida e não podemos comprar amor com carros.
Segundo Puma, da mesma tribo: Os jovens devem informar-se, perdoar-se, mover-se em direção à paz. Ter responsabilidade sobre suas ações. Amar a eles mesmos. Aprender a viver em comunidade, onde todos possam respeitar os sentimentos uns dos outros, mesmo que as lágrimas caiam. Isto é importante para dissolver desavenças.
Segundo Avani Fulni - Ô - aldeia Avani (PE): Desejo que eles entendam que precisam viver a vida deles sim, mas tem que entender que a vida deles é também a vida dos pais e das mães deles, que a vida da gente é tudo uma vida só. Tenho visto muitos filhos fazerem seus pais sofrerem. Os jovens precisam parar de estragar a vida.
Segundo Wiryçá - aldeia Kariri Xocó (BA/AL): Importante trabalhar nas escolas, para que as crianças e os jovens conheçam a cultura indígena. Pensar mais no futuro, lembrar que toda causa tem uma consequência. Pensar só no hoje não é bom.
Segundo Wrykanã - aldeia Pataxó (BA): Desejo que os jovens se prepararem melhor para a vida. Estudar, se qualificar, saber como proteger as florestas e cuidar dos rios. Precisa se envolver com trabalhos de conscientização para mudar a consciência das pessoas que jogam lixo nas ruas e nos rios. Também quero dizer para não se envolverem com as drogas e com as bebidas, pedir para não se destruírem assim.
Ailton Krenak (MG) muito tem falado sobre nossa tendência ao individualismo: "Fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a pensar que ela é uma coisa e nós, a humanidade, outra. - Do livro Ideias para adiar o fim do mundo (2019, Cia das Letras).
Concluímos reforçando a visão de que Somos Todos Um.
Mais conteúdo sobre esta entrevista aos indígenas estão no meu livro: Reflexões Econscienciais (2023) - Editora Amiga.
Texto Revisado
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Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
