Tão insensível quanto Jesus

Tão insensível quanto Jesus
Autor Paulo Tavarez - [email protected]
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Em meio às palavras sábias e transformadoras de Jesus Cristo, deparamo-nos com um ensinamento intrigante que ecoa através dos séculos: "Deixai os mortos enterrarem os seus mortos."Esta frase, aparentemente enigmática, carrega consigo uma sabedoria profunda e uma chamada à reflexão que transcende o contexto histórico em que foi pronunciada.

Ao interpretarmos essa máxima, literalmente, poderíamos equivocadamente sugerir que Jesus era um homem insensível. No entanto, a verdade é que Jesus possuía uma resiliência excepcional, transcendendo as fraquezas humanas e desafiando as tradições de um mundo doente. Não se trata de insensibilidade, mas sim da coragem de desvincular-se das amarras emocionais, permitindo-lhe guiar os outros na jornada do desenvolvimento espiritual. Jesus não se abalava com nada, não era uma alma vulnerável e cheia de fraquezas; nada o afetava. Por isso, a visão de um Espírito desse calibre é muito diferente da maioria dos seres que habitam esse, ainda, atrasado planeta. Pessoas sensíveis são pessoas fracas, problemáticas, frágeis emocionalmente, incapazes de interpretar as informações externas sem afetar-se por elas.

Temos, por tradição e costume, o hábito de condenar aqueles a quem chamamos de insensíveis, como se uma pessoa sensível fosse um modelo a ser seguido. O que não percebemos ainda é que quanto mais desenvolvemos nosso conhecimento, expandimos nossa consciência e compreendemos os fenômenos que envolvem nossa experiência no mundo, mais nos tornamos insensíveis mesmo.

A máxima não é uma repreensão ao jovem que buscava enterrar o próprio pai antes de segui-lo. Em vez disso, é um convite a priorizar o caminho do crescimento espiritual sobre os apegos mundanos. Para tarefas terrenas, há aqueles que, envolvidos nas ilusões da matéria, podem assumir essas responsabilidades.

Assim, Jesus nos convida a refletir sobre nossa própria jornada espiritual, encorajando-nos a seguir o caminho do desenvolvimento interior em vez de nos prendermos a preocupações mundanas. Esta máxima é uma inspiração para nos libertarmos das correntes que nos impedem de abraçar plenamente a vida abundante que Ele nos oferece. É um chamado à transcendência, à busca de um propósito mais elevado e ao despertar para uma existência cheia de significado.

O jovem queria seguir Jesus, mas ainda estava preso às injunções terrenas, portanto, se via diante de uma verdadeira bifurcação: ou seguia o caminho da transcendência e libertação do cárcere ilusório do mundo ou continuava escravo.
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