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Vivendo e Aprendendo.

Vivendo e Aprendendo.

por Tania Paupitz
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Possuímos um desejo inato de sermos ou parecermos “bonzinhos”, principalmente, para o outro. Podemos usar máscaras por um bom tempo: a máscara do bom servidor, do sociável, do marido exemplar, do bom pai, ou ainda, daquela pessoa que está sempre com um sorriso nos lábios, demonstrando simpatia e alegria, mas no fundo, percebemos e acabamos sentindo que aquela pessoa está ali apenas cumprindo o papel de um personagem, quem sabe, nos “suportando”, devido a várias circunstâncias.

Geralmente a pessoa insegura teme que suas fraquezas fiquem expostas perante o outro e é por isso que a grande maioria acaba se escondendo atrás de várias máscaras, fachadas das quais nem sempre temos qualquer tipo de acesso. Em razão disso, pode ser comum encontrarmos aquela pessoa que se mostra boazinha, que tem como único objetivo seduzir, conquistar, procurando disfarçar a enorme incerteza que carrega dentro de si.

No final, o que acontece é que a grande maioria dessas pessoas quase sempre termina por demonstrar, de modo aberto, sua insatisfação íntima, geralmente, ocasionada por violentas e inesperadas explosões emocionais contra aqueles com quem convivem. Essa é uma característica de pessoas que não desenvolveram a confiança em si mesmas, suas idéias, vocações e intuições terminam por nunca se afirmarem.

Li um artigo sobre o assunto, que comenta o seguinte: “... Como um desfile de máscaras, todas vazias, minha vida se tornou um campo de batalha. Eu converso com você uma conversa infantil e superficial. Digo a você tudo o que não tem a menor importância e calo o que arde dentro de mim. De forma que, não se deixe enganar por mim... Mas, por favor, escute e tente ouvir o que eu não estou dizendo e o que eu gostaria de dizer. Eu não gosto de me esconder, honestamente, eu não gosto”.

E quem gosta de tentar parecer o que de fato não é? Ou ainda, ficar mantendo uma aparência forçada perante uma pessoa ou situação, visando apenas garantir a sua “sociabilidade” de pessoa gentil e amorosa, quando dentro de sua realidade íntima, acontece exatamente o contrário?

Com certeza, é improvável que encontremos uma pessoa que diga e assuma: “É, eu não gosto mesmo de você, pois me considero uma pessoa mesquinha, arrogante, ciumenta, raivosa, mas me aceito e gosto de mim desse jeito”. O mais comum é nos depararmos com as pessoas ditas “certinhas”, sempre abertas e dispostas a lhe oferecer todo tipo de atenção, amorosidade e certo tipo de “servilismo” exacerbado.

São pessoas que têm por objetivo defender com “unhas e dentes” sua imagem de criatura virtuosa. No fundo, se temos nossa percepção mais aguçada, acabamos por perceber esse tipo de sutileza nas pessoas e, automaticamente, diferenciar os padrões de comportamentos entre “a” e “b”. Geralmente elas o “bajulam”, sob a forma de elogios, porém, na primeira oportunidade que têm acabam de alguma maneira o decepcionando ou prejudicando, geralmente, saindo como vítimas da situação.

Na verdade, se formos analisar, possuímos um misto das duas coisas: nosso lado obscuro e o nosso lado luminoso, ou seja, todos temos forças antagônicas que, de certa forma, estão sempre interagindo umas com as outras, visando sobretudo o nosso aperfeiçoamento como seres humanos. Há um mecanismo básico envolvido em toda manifestação material a partir do imaterial, do visível a partir do invisível. Este é o mecanismo do aperfeiçoamento, geralmente desencadeado por uma situação de nos sentirmos frustrados ou fracassados diante de alguma situação que nos ameaça.

Na realidade, o que coexiste atrás da palavra “fracasso” é apenas um resquício daquilo que ainda temos que aprender, pois é através de nossos erros e acertos que acabamos fazendo as coisas de maneira correta. Cito, como exemplo, o caso de uma pessoa que bebe muito e se recusa a admitir que tem problemas com relação à bebida. Ela pára de beber, porém, sente-se insegura diante de uma garrafa de bebida, devido ao seu medo inconsciente de não saber controlar seu impulso de beber. Somente quando resolvemos encarar o nosso medo, no caso, uma garrafa de bebida, olhando de frente aquilo que consideramos ser uma fraqueza nossa, é que acabaremos por dominá-lo.

Precisamos do fracasso para aprender a perder, a cair, a errar, tendo a consciência de que muitos aprendizados ocorrem quando nos desvencilhamos do medo. Se tivermos medo de cair, andar será algo muito difícil; se temos medo de morrer, a vida se torna muito sombria; se temos medo da perda de bens materiais, o ganho nos torna preocupados e ansiosos. Quando conseguirmos aprender que ganho e perda, triunfo e queda, acerto e erro, fazem parte do nosso crescimento interior, com certeza, teremos dado um passo além daquilo que muitos consideram como “fracasso”.

Texto revisado por Cris

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Atualizado em 9/18/2008

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