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Projeto Conexão - A Preparação

Projeto Conexão - A Preparação

por Instituto AION
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Naquele dia, se é que posso falar assim, estava tudo muito claro e havia muita luminosidade onde eu e M estávamos.
- Você precisa ficar mais receptivo para que o nosso processo possa continuar – disse M.
- Vou ter que começar do zero?
- Não! Mais do que isso, você está com “saldo negativo” vai ter que trabalhar muito para chegar ao zero. Animador, não é?
- Há alguma alternativa?
- No seu caso, não – disse M.
- Mas sempre temos escolhas – insisti.
- É verdade. Você pode desistir, mas isso só iria piorar sua situação. Não gostaria de estar na sua pele – brincou M.
- Como será então?
- Não se preocupe com essas coisas agora, até porque não há nada o que se possa fazer. Temos, contudo, algumas providências a tomar enquanto isso. M entrou em uma saleta e voltou com uma caixa pequena, que parecia ser feita de marfim, com algumas pedras incrustadas na tampa. No seu interior havia uma pedra brilhante.
- Sua essência espiritual assemelha-se a essa gema valiosa – salientou M. Em seguida jogou a preciosa pedra pela janela do cômodo onde estávamos, que veio a cair dentro de um terreno pantanoso.
- O que você fez? Perguntei com certo espanto.
- Eu? Nada! Foi você quem a perdeu. Essa será sua missão: Recuperar sua essência em meio a esse lamaceiro. Além das dificuldades que você poderá imaginar, existem muitos outros perigos a serem enfrentados – explicou M.
- Quais perigos? Perguntei um pouco apreensivo.
- Você fez muitos inimigos. Eles estarão à sua espera, mas não se preocupe, estarei sempre ao seu lado.
- Vai assistir tudo de camarote? Brinquei.
- Ah, sim, pode ficar tranqüilo – respondeu M, com um leve sorriso. Há uma coisa que precisa saber: precisamos “apagar” de sua mente todos os conhecimentos espirituais que adquiriu até o momento.
- Tem mais alguma boa notícia? Ironizei.
- Tem sim – M sorriu. As lembranças remotas desses conhecimentos irão te “sufocar” a ponto de parecer insuportável. Você terá a nítida sensação de estar vivendo entre dois mundos paralelos, o que vai parecer fantasioso demais para sua compreensão.
- Porque não posso ficar com eles? Não são meus? Sempre me disseram que a única coisa que não tiram da gente é o conhecimento que adquirimos – protestei.
- Como disse, você foi premiado – brincou M. Além do mais, não vá acreditando em tudo o que lhe disserem, principalmente daqui por diante.
- Isso inclui você? Perguntei.
- Com o tempo você saberá - M deu um sorriso enigmático, que nunca mais pude esquecer.
- Posso perguntar por que meus conhecimentos serão “apagados”? Eles não me seriam úteis? Insisti.
- O uso desses conhecimentos, conforme foram vivenciados em suas experiências regressas, afetou demasiadamente seu subconsciente. Eles iriam reviver em sua mente muitas situações que lhe induziriam à erros, dos quais você precisa livrar-se com urgência – explicou M.
- Não poderia usá-los, agora, com uma outra consciência? Tentei mais uma vez.
- No momento seriam inúteis. Mais do que isso, iriam atrapalhar a sua jornada – explicou M. Sua consciência se tornaria um fardo tão grande a ponto de você enlouquecer, literalmente falando. Além disso, seria muito mais difícil trazê-lo de volta?
- De volta? Para onde?
- O seus conhecimentos permitiram que você pudesse conhecer a realidade como ela é e que está oculta para as pessoas, de uma forma geral, mas você agora terá que “mergulhar” na ilusão do mundo, nessa lama toda – disse M.
Nesse momento fiou claro para mim a metáfora da pedra jogada pela janela. Existem vários níveis de percepção dos fatos e em momentos específicos, quando estamos sintonizados com certos estados mentais, a realidade toma um outro significado. Nesse caso, a minha sintonia com M, permitiu que eu vivenciasse aquela metáfora, de uma forma que seria impossível descrevê-la agora, muito embora a experiência seja, de fato, neutra em si mesma, como M já havia explicado.
- Você terá que voltar com a sua pedra preciosa. Nesse momento M interrompeu meus pensamentos de forma quase telepática. Seus conhecimentos – continuou -, paradoxalmente, iriam lhe desviar desse objetivo. Você terá que descobrir novas formas para recuperar sua essência.
- Que novas formas seriam? Minha ansiedade parecia agora ter chegado ao limite.
- Não sei! Se soubesse não seriam novas, não acha?
- M notou o meu constrangimento e meu rosto ruborizado.
- Não se preocupe: a ansiedade costuma turvar nosso entendimento – M falou de forma gentil.
- Você tem olhado para o lado errado na tentativa de compreender a realidade – continuou M. Em que outro lugar poderiam estar as respostas que você procura, a não ser em você mesmo. As pessoas querem mudar o mundo ao seu redor para se sentirem mais felizes. Acreditam nessa separação, de que a felicidade está nas coisas, em outro lugar, em outras pessoas. O que faz tudo isso acontecer é o nosso ego, que só tem um objetivo: criar ilusões.
- Em que medida isso acontece? Perguntei.
- Na exata medida da ilusão em que você acredita – explicou M. Se você dá força a essa ilusão, acaba por reforçá-la o quanto assim desejar. É simples! Mas a questão é que a sua mente tornou-se muito complexa, como para a maioria das pessas. O que precisamos fazer agora é torná-la simples novamente.
- Simples? Como? Insisti.
- A natureza da nossa mente é ser abstrata, mas porque ela tomou um caminho não natural, tornou-se também artificial. É por isso que a ciência procura a inteligência fora desse domínio natural. Não existe inteligência fora da vida. É um processo.
- Poderia explicar melhor?
- A compreensão final desse processo não é analítica e lógica. Você não pode compreendê-lo somente raciocinando. O raciocínio é apenas o começo, mas não deve seguir com ele até o fim. Isso vai afasta-lo da verdade – explicou M.
- Seria um insigth?
- Exatamente – confirmou M. Quando compreedemos a realidade, costumamos dizer: ah...! então era simples assim? Ficamos surpresos. Isso acontece por que a noção de simplicidade é estranha à nossa mente. Não estamos acostumados, embora seja essa a sua natureza.
Um mestre Zen uma vez esclamou: "Vejam que maravilha: eu carrego um balde com água!".
- Ah...! então é simples assim? Brinquei.
- Você tem uma coisa a seu favor – consegue fazer piada de si mesmo. As pessoas costumam levar tudo muito a sério. Não há necessidade – disse M.
- Apesar de tudo, você pode se considerar uma pessoa de sorte – ponderou M. Nem todas as pessoas nas suas condições, têm a oportunidade de refazer o seu caminho.
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Atualizado em 11/11/2008

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