Ano novo, vida nova e você?

por Maria Silvia Orlovas

O que você está abrindo às mudanças?
Sim, meu amigo leitor, porque para mudar alguma coisa na vida precisamos nos abrir, deixar as coisas fluírem diferente e internamente criar espaço para o novo. Se não agirmos assim as coisas continuarão como estão e é justamente dessa postura que nasce a condição tão negativa de vitimas de um destino infeliz.

Trabalhando com Vidas Passadas e experiências de abertura de consciência, tenho visto ao longo dos anos que a vida pode permanecer do mesmo jeito por encarnações a fio, o que é muito triste. Vida após vida a pessoa repetindo os mesmos padrões, muitas vezes aprisionada ao sofrimento sem se abrir para mudar nada. Na verdade a pessoa não pensa assim. Muitas vezes acredita que o que mais deseja é uma mudança, às vezes até uma mudança radical, porém a experiência tem me mostrado que esse sentimento é uma idéia racional de solução de problemas e questões muito mais profundas. O desejo de fazer diferente existe, mas o vicio mental e energético está profundamente enraizado no corpo sutil. Assim a pessoa já nasce numa condição que sua mente superconsciente criou. (A mente superconsciente é aquela parte do eu que não morre com a morte do corpo físico).
Vamos analisar juntos um caso que explica essa questão:

Juliana veio me procurar para uma sessão de Vidas Passadas, a fim de mudar sua vida afetiva. Moça ainda jovem se sentia como uma senhora, pois a solidão a perturbava demais. Relacionamento após relacionamento ela se sentia abandonada. Como essa moça já tinha procurado ajuda e entendimento para sua solidão, quando chegou até mim ela já compreendia que muito dessa história dependia de atitudes dela e não apenas da pouca sorte de se relacionar apenas com homens sem caráter.

Claro que dar sorte no amor não é apenas somente uma questão de atitude, nem de beleza física e atributos como inteligência, ou ter dinheiro para freqüentar lugares bons. Tudo isso pode ajudar, mas se internamente os sentimentos não forem tratados e amadurecidos a situação pode continuar ruim. Por isso é preciso se abrir para o novo, fazer outras coisas, abrir o foco para outros aspectos na vida como projetos pessoais, aprimoramento no trabalho, nas emoções, nas artes; fazer planos para uma viagem, para um lugar especial, caminhar, fazer esportes, porque quanto mais fechamos o foco da nossa atenção mais mergulhamos no sofrimento e no padrão criado em outras vidas.

Conhecer as vidas passadas pode ajudar a entender as causas, mas os efeitos levam um tempo para curar e depende de mudanças imediatas. Juliana entendeu isso mas não foi fácil para ela sair da postura de vítima. A primeira existência que apareceu foi a de uma mulher bem nascida, abandonada pelo marido que teve muitas amantes. Ela, filha de nobres, não aceitava ser desprezada. Orgulhosa e prepotente imaginava que ninguém tinha o direito de fazer isso com ela, afinal com os pais ela estava acostumada a receber tudo pronto.
Quando terminamos a sessão ela não entendia como aquilo vinha de dentro dela, já que nesta vida ela nascera em berço humilde e nunca contara com o apoio dos pais. Expliquei que sua alma estava justamente tentando se fortalecer sem precisar dos mimos que impediram seu crescimento pessoal em vidas passadas. A escolha de fazer seu caminho já estava trazendo uma cura. Quando perguntei se ela era orgulhosa ela não soube responder...
Pois é, meu amigo leitor, muitos de nós não sabem reconhecer em si mesmo o orgulho, a arrogância, a inveja, ou até mesmo as causas mais comuns de tristeza e depressão que são a contrariedade e a raiva. E quantos relacionamentos se perdem quando as pessoas não se entendem e fazem coisas que contrariam o parceiro?

No encontro seguinte Juliana já estava melhor, mas ainda sentia muita raiva pelo destino infeliz e foi nessa sintonia que apareceu então um guerreiro medieval que teve a família roubada e a aldeia destruída. Imagino que você está ficando até com pena da Juliana e de tanto fatalismo não é?
Aproveito para explicar que já fizemos coisas boas e outras ruins em vidas passadas e que normalmente, quando alguém vem fazer esse tipo de tratamento, aparecem as situações em desarmonia, justamente porque nos é dada a oportunidade de refazer caminhos e escolhas. Juliana, que já estava mais consciente da raiva que sentia por estar sozinha, já aceitou um pouco melhor essa força que sem direção atingia seus familiares e colegas, já que amigos ela também não conseguia cultivar. E não pense você que ela era uma pessoa ruim. Pelo contrario, essa moça tinha um grande coração, mas não conseguia expressar os sentimentos e acabava sendo dura com as palavras e até ofendendo os outros sem ter consciência disso.

Conversamos sobre mudar, caminhar com a vida e tentar freqüentar grupos para poder trocar com os outros e aprender com os espelhos que a vida nos coloca no caminho.
Ela ainda está em tratamento, mas hoje compreende que domar o seu gênio é fundamental para dar certo no amor e também já aceita um pouco melhor a idéia de abrir o foco, fazer outras coisas, observar melhor o mundo à sua volta e também ser mais gentil com as pessoas. Tenho certeza que agindo assim a mudança de vibração lhe trará uma vida nova que é tudo o que desejamos para esse novo ano. Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas-feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações.

Texto revisado por: Cris