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A memória de amor que há em nós

A memória de amor que há em nós

por Teresa Cristina Pascotto
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Nada, na experiência humana, compara-se a ao amor sublime e divino que experimentamos quando estamos em dimensões superiores, onde conseguimos viver intensamente a experiência de sermos Um com Deus, onde tudo é amor e luz. Assim, ao encarnarmos, carregamos conosco a doce lembrança dessa divina experiência e queremos encontrar aqui a mesma qualidade e essência desse amor, porém, mergulhados na dualidade, a sensação da separatividade nos invade e esse mesmo tipo de amor tão sublime é "quase impossível" de ser experimentado. Por sentirmos falta desse tipo de amor, passamos a vida procurando encontrá-lo através das pessoas, em nossos relacionamentos. Como ninguém poderá nos suprir nesse amor que tanto desejamos, passamos a acreditar que não somos amados. Não conseguimos reconhecer que aquilo que as pessoas nos oferecem, é amor na forma "densa" e que é tudo o que podem nos oferecer, pois elas também se sentem isoladas e não amadas como nós.

Ao nascer, viemos com o coração cheio de amor para oferecer para e não sentimos essa reciprocidade, assim, para não sofrermos, amando sem sermos amados, fechamos nosso coração e decidimos que só o abriríamos novamente, se e quando nos sentíssemos verdadeiramente amados e seguros desse amor. Assim, sempre que começamos uma relação, mostramos nossa melhor imagem para o outro, "fingimos" oferecer tudo o que há de melhor em nós, na tentativa de provar o quanto valerá à pena nos amar. Porém, não está aí inclusa a verdadeira energia de amor, em essência, apenas oferecemos energias "pseudo-amorosas", que chegam ao outro como "boas vibrações". Como dificilmente existem trocas de vibrações amorosas entre as pessoas, essas "fagulhas de afeto" chegam ao outro como um néctar do amor. Nossa intenção inconsciente é fisgar o outro, fazendo-o acreditar em nosso amor, até que ele comece a abrir seu coração e a nos amar de verdade.

Porém, isto não acontece, pois o outro, assim como nós, passou pelas mesmas decepções e dores, e está com o coração fechado. Está agindo da mesma maneira, nos oferecendo fagulhas de afeto, para nos encantar, até que possamos abrir nosso coração provando a ele nosso amor, para só então abrir o seu coração. Desta forma, ninguém nunca amará e nem confiará em ninguém.

Se nos conscientizarmos de que o amor sublime que tanto desejamos sentir e receber existe, mas que não é tão fácil experimentá-lo neste plano de existência, e aceitarmos essa realidade, poderemos encontrar um novo caminho para a experiência de amor. Para isso, precisamos desejar, com todo o nosso ser, acessar a melhor condição e sentimento de amor que há guardado em nós. Já vivemos a experiência do amor real e divino, portanto, carregamos em nossa consciência superior os registros dessas experiências, assim, acessando esses registros, entraremos em contato com as sensações e sentimentos da experiência mais divina de amor e de plenitude. É um sentimento que toma conta de todo o nosso ser e não há palavras que possam descrevê-lo. Isto é possível durante a meditação, se tivermos a intenção de entrar nessa sintonia. Estas lembranças estão guardadas em uma "caixa de jóias", que nosso Espírito trouxe na bagagem da encarnação, para que pudéssemos acessá-la quando estivéssemos conseguindo lidar com nossas crenças negativas, de forma madura, e prontos para começarmos a acreditar no amor, criando relações baseadas no amor, mesmo mergulhados na dualidade.

Quando chegamos a esse ponto, podemos reaver nossa "caixa de jóias" e, ao entrarmos em sua sintonia, seremos envolvidos por uma intensa energia de amor que será tão sublime, que não sentiremos falta de amor e isto fará com que não precisemos mais buscar no outro o amor que desejamos, sentiremos que essas experiências, que nos transportam ao amor divino e puro, nos bastarão. Desta forma, desejaremos que todos possam viver essa mesma experiência e teremos um novo brilho em nosso olhar e em nosso coração e, ao olharmos para os outros com este olhar do coração, conseguiremos enxergá-los para além de seus egos, por trás da densa camada de energia de ausência de amor que pulsa em torno deles e descobriremos que eles também carregam uma "caixa de jóias" cheia de amor, que nem eles mesmos sabem que existe dentro deles. 

Quando estivermos vibrando em intenso amor por estarmos sintonizados com nossa "caixa de jóias", aqueles que ainda não conseguiram acessar suas próprias pérolas de amor, virão direto a nós, e perceberemos que, por estarem densos pela ausência de amor, tentarão "sugar" essa energia de nós, em desespero. Se tivermos consciência disso e formos humildes de coração, não os julgaremos, mas nos "protegeremos desse ataque" apenas interditando-os com nossa energia, com firmeza e amorosidade, ou seja, doaremos ao invés de sermos sugados. Isto ocorrerá de forma suave, somente na energia. Sem nos sentirmos ameaçados pelos menos providos de amor interior desperto, poderemos projetar nossa energia de amor a eles, de forma incondicional, e nosso amor tocará a "caixa de jóias" que há neles, fazendo com que ela se abra, liberando o amor que há ali oculto, trazendo-o à tona, pulsando intensamente.

Ao se sentirem amados sem que lhes seja exigido algo em troca e sem se sentirem ameaçados de serem sugados por nós, instintivamente irão se sentir gratos por nossa vibração de amor incondicional e, conseqüentemente, essa vibração de gratidão será o puro amor de sua caixinha de jóias que será emanado em nossa direção. Assim, sem precisarmos do amor do outro, conseguiremos doar, ao doarmos, receberemos. Se o outro, por esta experiência, sentir a existência de sua caixa de jóias, irá acessá-la e passará igualmente a não precisar mais do amor de outros e começará a emaná-lo ainda mais em nossa direção e na direção de outros. Se fizermos isso com os demais e estes sentirem as mesmas sensações e passarem vibrar seu amor a todos, por ressonância, isso se espalhará e logo estaremos vivendo em ambientes mais amorosos e saudáveis.

Se quisermos sentir o verdadeiro amor nos envolvendo, não haverá outro caminho a não ser para dentro de nós, em busca de nossa preciosa "caixa de jóias".



Texto revisado
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Atualizado em 5/31/2011

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