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A traiçoeira pressa de amar

A traiçoeira pressa de amar

por Maria Silvia Orlovas
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Não há nada que nos faça evoluir mais do que a convivência humana. É na família, nas amizades, no amor e nos relacionamentos que mais somos testados para ver se temos luz e sabedoria. E quase sempre somos reprovados. Algumas vezes, por sermos duros demais, julgamos as pessoas com critérios rígidos como os que impomos para nós mesmos e em outras, porque amamos demais, compreendemos demais, relevamos além da conta que o bom senso aceita. Ultrapassar barreiras nos relacionamentos nunca foi bom.
Ter pressa em amar, em aceitar o outro é quase tão prejudicial quanto amar sem barreiras. Pois, em ambas as situações, queremos que a equação acrescente amor, quando na maioria das vezes, soma amargas decepções.
Já aprendi muito nesse setor, mas sempre a vida arruma fórmulas diferentes para nos surpreender. Só não fico mais triste quando descubro que errei, que não passei no teste, porque vejo que o mundo age como eu, seguindo, tateando afeto em busca de amor.

Acho que você já deve ter ouvido alguém dizer que precisamos primeiro conhecer as pessoas para depois deixá-las entrar em nossas vidas e ocupar um lugar no coração. Mas quem respeita essa regra?
Parece que, para muitos, basta um sorriso para nossos olhos brilharem quando queremos ter alguém do lado, mas mesmo sabendo que a carência é péssima conselheira, muitas vezes temos ela como fiel consultora.

Foi assim que Luciana descreveu sua história. Moça bonita, mas meio acabada, aparentava mais do que seus trinta e poucos anos, tentava disfarçar a tristeza, seu rosto bem feito estava fechado como se uma nuvem obscurecesse a sua face encoberta por uma maquiagem bem feita.
Ela, que veio me procurar para uma sessão de vidas passadas, explicou que precisava entender por que as coisas se repetiam na sua vida, sendo sempre enganada nos relacionamentos. Expliquei que não existe vítima ou algoz, que não devemos nos colocar no lugar do sofredor e, sim, tomar uma atitude positiva, procurando desvendar as lacunas de incompreensão.

Ela me disse que lendo um texto de minha autoria se sentiu impelida a encontrar respostas em vidas passadas. Expliquei que nem tudo está no passado, mas que os aprendizados nos perseguem até que um dia aprendamos a lição.
Na sessão, logo apareceram histórias de abandono. Ela sempre no papel de vítima, sofrendo muito, criada sem mãe, tendo que se sustentar, inclusive emocionalmente. Sucederam-se várias histórias com o mesmo padrão de abandono, solidão, tristeza e, em todas as lembranças, ela tentava lutar contra esse fluxo, porém, sem nunca aceitar a solidão.

Nesta vida, ela me contou que continuava lutando, era difícil arrumar um namorado em que pudesse confiar e se entregar; até nas amizades os relacionamentos não fluíam; ela não entendia por que motivo atraía pessoas que não queriam ficar com ela. Uma história triste, bem triste.
Relatou-me também que a última decepção tinha sido com uma amiga que ela acolhera em sua casa, com quem dividiu o apartamento e que tentou ajudar de todas as formas, mas que ela não mudava nada para melhorar. A moça continuava sua vida sempre na mesma frequência. Fazia as mesmas coisas, gastava o dinheiro em bobagens, continuava saindo todo final de semana para se distrair e começou a evitar ficar junto com Luciana, ainda que morando no mesmo apartamento.
Minha cliente, ressentida com a colega, que no começo era muito gentil e sorridente, agora queria que a moça fosse logo embora, pois nem o aluguel ela honrava. Se não pagava a parte dela em dia, por que ficarem juntas?

"Sabe, Maria Silvia, ela está fazendo tudo igual ao meu ex-namorado e a outras amigas que já arrumei. Primeiro se mostrou muito gentil, companheira, abriu o seu coração, contou-me intimidades, falou do seu desejo de mudar, de ter uma oportunidade de fazer diferente. Depois que passou um tempo, percebi que a pessoa ficou estranha, distante, e não quis mais ouvir o que tinha para falar. Foi assim com ela, mas percebi que fora assim com várias outras pessoas que desejei trazer para meu convívio. Será que sou eu a culpada por amar à primeira vista?"

Achei muito lúcido o raciocínio de Luciana. Precisamos nos perguntar onde erramos, ou o que está errado. Pois não adianta nos vermos como vítimas de uma situação e não buscarmos uma solução. E esperar que a solução venha do outro também não funciona. Expliquei para ela que é preciso se observar. Olhar para as suas próprias atitudes. Por que será que ela se impressionava tanto com o sofrimento alheio? Por que comprar tão rapidamente a história da outra pessoa?
Essa pressa em aceitar as coisas que as pessoas falam como verdades é bem complicada. Não é que temos de viver afastados, no entanto, precisamos dar tempo ao tempo para que as cosias se mostrem como de fato são.

Luciana me disse que a amiga tinha contado uma triste história, que no fim, foi muito parecida com o que ela viveu com a moça. A amiga disse que morava com a tia, que estava bem de vida e que, de repente, não quis mais que ela vivesse por ali; como aconteceu entre as duas. Luciana não queria mais dividir o apartamento com a colega porque terminou pagando todas as contas sozinha. Ela ficou decepcionada, descontente e teve que dizer "não" para a colega, teve que colocar um limite na situação.
Perguntei se Luciana percebia que ela estava sempre comprando as histórias tristes das pessoas, ficando com pena dos sofredores, acolhendo aqueles que se mostravam como vítimas do destino. Ela concordou que sempre sentia pena das pessoas e queria ajudá-las.
Expliquei que precisamos observar aquilo que estamos atraindo para nossa vida. Pois vibração atrai vibração e o que estava mal curado dentro dela mesma, estava atraindo pessoas e situações com a mesma energia. No caso, ela atraía pessoas que se sentiam vítimas, sem amor, sem apoio dos outros.

Ensinei-lhe um exercício de meditação onde deveria se acolher. Pedi para se imaginar abraçando a si mesma, acalmando suas dores. Como na técnica do perdão Ho’ oponopono.
"Eu te peço perdão, eu te perdoo. Eu sinto muito. Te ofereço amor, te amo. Obrigada".
Quando não nos aceitamos, quando lutamos contra o destino, acabamos atraindo exatamente aquilo que mais tememos. Quando nos perdoamos, acolhemo-nos e nos aceitamos, mesmo com os erros, encontramos forças para mudar.
Em alguns casos, para curar a solidão é preciso aceitar ficar só.
Na próxima vez que você ouvir uma história triste, ou se apaixonar à primeira vista, vá com calma. Não acredite em tudo que ouve. Deixe as coisas fluírem e as pessoas se mostrarem como são. Aprenda a amar, a ter compaixão de uma forma um pouco mais distante. Essa atitude fará muito bem para sua vida e para seus relacionamentos.

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Autor: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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Atualizado em 2/27/2014

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