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Coração pequeno!

Coração pequeno!

por Paulo Salvio Antolini
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Recebi certa feita uma pessoa a se queixar de seu filho que, casado pela segunda vez, em sua última visita a ela foi rude e disse que não voltaria mais, se quisesse vê-lo e à sua família, que ela fosse a casa dele.
Após todas as lamentações de uma mãe “rejeitada por um filho ingrato”, contou-me que ele havia se separado da primeira esposa, com quem já tinha um filho e agora, em seu segundo casamento estava já com mais dois.

Ao ser questionada sobre como lidava com a separação do filho e conseqüente distanciamento do neto do primeiro casamento dele, ela me disse que isso não existia, ao contrário, ela vivia melhor com a família da ex-nora e seu neto do que com a atual esposa e seus dois filhos. A primeira nora freqüentava assiduamente sua casa, assim como seu atual marido e filhos; um que era seu neto e o outro que era fruto do novo relacionamento.
Conforme ia falando, foi ficando claro o quanto essa senhora não aceitava a nova família de seu filho e ao ser questionada sobre isso disse: “Ela (a primeira esposa) chegou primeiro, não vou deixar de gostar dela só porque meu filho resolveu se separar”.

No decorrer de nossos encontros, cada vez foi se clarificando mais as agressividades por ela praticada contra, principalmente a segunda esposa de seu filho, mas que também atingiam seus outros dois netos. Em determinado momento de nossos encontros, ela se lembrou de um dia ter dito à sua segunda nora que ela nunca teria o mesmo espaço que a primeira em seu coração.

Lembrou-se de ter dito literalmente: “Eu gosto de você, mas não consigo esquecer que você é a intrusa”. Questionada se seu filho terminou seu primeiro casamento por estar já se relacionando com a atual esposa, ela me garantiu que não. Importante frisar que, apesar de não demonstrar a seu filho, seu sofrimento por essa situação era intenso.

Essa situação descrita acima nos leva a refletir em como o Ser Humano está limitando seu coração, permitindo que apenas um restrito “pedaço do mundo” possa estar nele. A partir de um exemplo onde a mãe cria todo um conflito por não aceitar uma escolha de seu filho, mesmo sabendo dos problemas que o levou à separação, nos projetamos às situações onde os vínculos não se apresentam com laços familiares.
O egoísmo que vai desde o “tem que ser como eu quero” até o descaso total à existência de outros seres nos ajuda a entender o tanto de conflitos, problemas e falta de ações solidárias concretas, reais, onde o mais necessitado recebe o que precisa, o mais favorecido doa despretensiosamente o que lhe está sobre seu comando. Onde as pessoas são acolhidas e aceitas com todas as suas escolhas, sem restrições.

A desconsideração pelo direito dessas escolhas, que nem sempre coincidem com as nossas, a tentativa de manipulação e conseqüente revide de uma agressão que nunca existiu, grande parte das vezes em que nos sentimos agredidos a agressão de fato não ocorreu, apenas o sentimento, gera a limitação de nossa capacidade de amar, como se onde existe um não pode existir outro.
Todas as religiões pregam o amor como forma de se caminhar para o encontro com Deus. As ciências mostram que, aqueles que amam e manifestam o amor pelos seus semelhantes vivem melhor e mais felizes, inclusive mais saudáveis, mas continuamos a exercitar apenas o amor pequeno. “Dou o doce para meu filhinho, mas não divido com seu amiguinho que está ao lado”. Esta afirmação é literal. Ocorre abertamente e todos podem observar, mas poucos “notam”, pois identificar a ação não solidária e sem nenhuma consideração pelo outro ser pequenino e que ali está, é muito incômodo.

Quem está com coração pequeno, mais do que poder se doar, está limitando o que pode receber. A afirmação “abra seu coração” pode e deve ser praticada, pois é uma das poucas coisas que, quanto mais dermos, mais receberemos. Não há limites de quantos possamos acolher. Qual é o tamanho de nosso coração também nos revela nossa capacidade de amar e receber amor.

Texto revisado
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Atualizado em 4/22/2014

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