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Quando a vida nos separa

Quando a vida nos separa

por Maria Silvia Orlovas
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Todos nós quando encontramos alguém desejamos que seja para sempre. E posso dizer, como representante das mulheres, que muitas de nós já imaginam como seria casar, ter filhos e envelhecer junto dessa pessoa... Quão lindos são os nossos sonhos! Porém, quando a vida se apresenta, surgem também as decepções. Muitas delas vêm sem dar nenhum aviso à pessoa envolvida que pode ou não tomar conhecimento do fato. Decepcionamo-nos por tudo aquilo que imaginamos não se concretizar.

Ao longo dos anos, aprendi que somos nós que criamos essas idéias e que muitas vezes o outro não tem nem noção daquilo que edificamos em nossas mentes. Muitos relacionamentos sobrevivem aos tempestuosos momentos de desilusões do começo e permanecem por vários anos quando, aí sim, de fato a vida nos separa... Você já deve ter conhecido pessoas que depois de algum tempo de uma relação aparentemente saudável e feliz se separam sem maiores explicações. Em certos casos, nem os próprios envolvidos entendem o fim do relacionamento e quando as pessoas estão devidamente amadurecidas nem se culpam pelo fato em si. Às vezes, se sentem culpadas justamente por fazerem o outro sofrer. E quando não é apenas uma outra pessoa, mas tem família envolvida (filhos, dinheiro), tudo fica pior.

Em vidas passadas aprendemos que para tudo tem um tempo e em algumas situações, viemos nesta vida com muitos compromissos. Assim, o destino pode nos colocar para viver mais de um relacionamento numa mesma existência. Nos tempos mais antigos, as pessoas se obrigavam a viver “relacionamentos eternos”. Hoje em dia, felizmente, temos a liberdade de procurar caminhos mais felizes e até de reescrever uma história de amor.

Quando meus clientes me perguntam sobre reencontros, explico que eles sempre acontecem, mas sem as garantias das imagens felizes de “almas gêmeas” que criamos na mídia e nas novelas. Encontramos pessoas para aprendermos a nos relacionar afetivamente e limparmos nossas arestas. Claro que alguns são mais afim com nossa natureza interior e por isso são companheiros mais fáceis de conviver. Outros, no entanto, depois do brilho da paixão, tornam-se simplesmente cinzas, sem deixar maiores rastros em nossas vidas. Creio que cada um de nós deve acreditar na felicidade e investir de coração nas nossas histórias.

Os Mestres de Luz ensinam que sofrer faz parte das experiências e devemos tentar observar o que é de fato um sofrimento e o que é uma simples desilusão. Porque vale a pena investir naquilo que acreditamos... Amor sempre vale a pena!

Quando atendi o Hamilton, não imaginei que os seus maiores conflitos fossem amorosos porque aquele homem tinha uma energia serena e uma mente lúcida. Já o conhecia há alguns anos e tínhamos feito esporadicamente algumas sessões, tratando assuntos diversos sem que ele tivesse comentado sobre amor. Como ele me explicara antes do nosso reencontro, queria se aprofundar um pouco mais em si mesmo.

Apareceu, então, na sessão de Vidas Passadas, uma história de amor em que ele era casado com uma mulher de grande projeção social e não quis terminar o relacionamento para viver sua história de amor com uma camponesa. Sendo bem mais velho que a moça, sentia-se inseguro em começar um novo relacionamento. Por outro lado, vivia uma estabilidade financeira e estava cercado por coisas que julgava importantíssimas em sua vida, como conforto, festas e regalias que suas condições ofereciam. Assim, por muitos anos mantiveram um caso e quando ela engravidou, ele não quis assumir o filho, terminando o relacionamento de uma forma muito triste. Os mestres que conduzem a sessão de vidas passadas, talvez por piedade, não mostraram como foram seus dias finais, mas pude sentir como teria sido...

Quando começamos a conversar sobre a sintonia que encontrava entre a vida atual e a vida passada, ele me confidenciou que tudo, absolutamente tudo, estava se repetindo; com o agravante de que ele, nesta vida, não era mais nobre, nem tinha tanto dinheiro como na vida passada. Disse sentir também que sua vida profissional estava desandando desde que ele conheceu uma moça no seu ambiente de trabalho. Claro que eles não deixaram transparecer o que sentiam, mas as coisas simplesmente estavam se fechando para ele, enquanto vivia com o coração em sobressalto.

Hamilton me disse que seu relacionamento com a esposa era uma relação morna, sem luz, sem filhos, sem sonhos. Eles que sempre tiveram muitas coisas em comum, não se sentiam bem nem nas viagens que faziam. Não encontravam mais prazer em estar juntos. Ele fez questão de explicar que não eram casados, mas moravam juntos há 5 anos, o que significava casamento para os dois. Porém, ele sabia que sua mulher se ressentia de não se casarem oficialmente. Agora, com a chegada desta moça em sua vida ele se sentia o pior traidor do mundo. Sim, porque ele imaginava que sua vida seria feliz com a esposa e nunca pensou em traí-la. Nessa situação, via-se como o algoz de toda a história, quando na verdade, interiormente, sentia-se vítima do destino. “Por que Deus colocou essa moça na minha vida?”, perguntou ele com os olhos cheios de lágrimas. Sem saber se ele desejava ou não uma resposta, apenas sugeri que devia haver um espaço em seu coração para isso acontecer. Ele, balançando a cabeça disse, sem olhar nos meus olhos: “Você tem razão eu e C.... já não ríamos juntos há anos. Começamos a namorar há quase quinze anos e fomos ficando juntos aos poucos. Uma hora era ela que não queria casar; em outra, era eu que estava desempregado e agora que encontramos um certo equilíbrio parece que tudo chegou ao fim. Não antes sem a minha traição”.

O que dizer para esse homem maduro e confuso ao mesmo tempo? Que ele está tendo uma nova chance de reconstruir a sua história? Que ele pode se dar a oportunidade de ser feliz? Que ele deve amar de forma livre, sem apegos? Enfim, tudo isso ele já sentia vibrar dentro de si quando terminamos a sessão, porém, ambos sabíamos que o restante dependeria dele e de suas atitudes.

Poderia aqui narrar para você, amigo leitor, muitos casos de pessoas que abriram mão do amor e depois disso se deram muito mal, porque sem amor a vida não vale a pena! Temos sim que fazer concessões e investir em relacionamentos para durar a vida inteira, porque não estamos aqui nessa existência de passagem. Mas precisamos aceitar as mudanças de curso no nosso destino, pois a felicidade pode estar aí ao lado e você pode escolher permanecer preso ao que já foi.

Aprendi em minha primeira viagem à Índia, quando não sabia o que pedir a Deus sobre soluções e caminhos, que o importante é viver a verdade, porque a verdade é vida, é amor e liberdade. Assim, o que posso compartilhar com você sobre esta experiência de hoje?
Meu amigo, viva a verdade em sua vida porque tudo pode e deve sempre ser melhor...

Texto revisado

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Atualizado em 6/23/2006

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