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Espiritualidade - experiência espiritual em lidarmos com emoções fortes

Espiritualidade - experiência espiritual em lidarmos com emoções fortes

por Marcos F C Porto
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Quando sinto vontade de manifestar um sentimento agressivo em relação à outra pessoa, mantenho-me centrado e não direciono esta reação à pessoa” - é o que nos propõe OSHO (1931-1990), um dos mais conhecidos pensadores espirituais e filósofos do século XX, quando nos sugere meditar e refletir sobre “Como lidar com fortes emoções“.

Vamos lá refletir sobre este tema?

Caso o sentimento de raiva surja em relação à outra pessoa, o que fazemos? Nós projetamos imediatamente nossa reação contra a outra pessoa que está nos ofendendo ou magoando. Certo?

Por exemplo: Sentindo raiva em relação a alguém, nos perdemos completamente nessa raiva; somente esse alguém é o objeto de nossa raiva. Da mesma forma sentindo amor por alguém, nos perdemos completamente nesse amor; somente esse alguém é o objeto do nosso amor. Assim projetamos o amor, a raiva ou qualquer outro sentimento, e a pessoa a quem direcionamos o sentimento torna-se objeto dele. Nestas condições, esquecemos totalmente o centro interior de nós mesmos, e a outra pessoa tornar-se-á então o centro.

Lembremos, somos o centro da origem do sentimento - eu amo você! - Então, a outra pessoa é o alvo de expressão desse sentimento, cuja origem está em cada um de nós. Faz sentido?

O mesmo ocorre com a raiva, e quaisquer outros sentimentos, ou seja, a origem está em nós, a outra pessoa é como se fosse a tela de projeção do nosso sentimento. Somos a fonte da energia de amor e a outra pessoa é a tela a qual projetamos nosso amor. Complicado? Nem tanto . . . porque somos nós quem desenvolvemos esta energia de amor e a projetamos para a outra pessoa, tornando-a amada por nós.

No caso do sentimento de raiva, o processo é idêntico e a pessoa se tornará indesejável. Caso sejamos a fonte de amor, então uma ou muitas pessoas se tornarão amadas por nós, mas a origem do sentimento continua conosco. Quando alguém projeta raiva contra nós, nos tornaremos antipáticos a ela. No caso de a pessoa não sentir nada, ela estará projetando indiferença, a ponto de nem olhar para nós. Certo?

O que estaria acontecendo com estes tipos de comportamentos? Estaremos projetando nossos próprios sentimentos em relação às outras pessoas.

Quando estamos em fase de alto astral e alegria, tudo e todos nos parecem maravilhosos, olhamos para o céu em noite de lua cheia, nos sentimos fascinados pela sua romântica beleza. Neste mesmo momento, outra pessoa está se sentindo triste e deprimida em razão da perda de um ente querido; ela olha para o céu com a mesma lua cheia, sentindo toda a tristeza, de não estar compartilhando estes momentos com o ente que se foi, e a mesma lua cheia se apresenta triste e sem beleza.
Será a lua cheia origem dos sentimentos, ou ao contrário, a lua cheia é a tela de projeção dos sentimentos da cada um?

Voltando à proposição de OSHO, podemos refletir que, quando o sentimento agressivo é contra a outra pessoa, não projetamos para a pessoa em questão, ou melhor dizendo para o objeto do nosso sentimento de agressão, mantendo-nos centrados.

É bom lembrar novamente que somos a origem ou fonte, assim não direcionamos para a pessoa, mas sim para a fonte que está conosco. Por exemplo: Alguém nos insulta, manifestando uma hostilidade gratuita, característica mal-educada dessa pessoa (por sinal cada vez mais comum nos dias de hoje!). Nossa reação ao insulto se expressará então como raiva.

A origem do sentimento está conosco, então devemos nos mover no sentido da origem e não expressar ao objeto, que é a pessoa que nos insultou. Na verdade, a outra pessoa não fez nada, porque o que foi dito, sendo entendido por nós como insulto, é a forma ‘grosseira’ da pessoa expressar-se - ela só atingiu nosso ponto sensível, e a raiva continua nossa. A pessoa é o objeto da fonte da raiva que está conosco. Correto?

OSHO de forma brilhante nos diz então que, “caso esta situação ocorresse com Mestre Jesus o Cristo, com certeza Ele viraria a outra face, ou ainda sendo esta situação com Sidarta Gautama o Buda, a resposta seria só compaixão”. Os mencionados Mestres têm plena consciência que são fonte e origem de seus sentimentos.

Este aspecto nos traz como revelação que somos fonte e origem de todos e quaisquer sentimentos que estaremos expressando.

Os sentimentos agressivos são manifestações tão naturais como as dos sentimentos afetivos, e é saudável sabermos que como seres humanos espirituais, somos fonte e origem de diferentes tipos de sentimentos e não somente dos afetivos.

A experiência espiritual de lidarmos com emoções fortes nos permite usufruirmos então de nossa introspecção, utilizando o recurso de fecharmos os olhos, nos movendo para dentro de nós, redescobrindo todas as riquezas inatas em nós mesmos.

Fecharmos os olhos e navegarmos pela nossa introspecção tem o significado importante.

Nesta viagem, iremos chegando próximo aos nossos sentimentos, aproveitando o conforto do silêncio de nós mesmos, percorrendo fonte e origem de cada um dos sentimentos tanto dos afetivos como dos agressivos. Está claro?

Então, quando nos sentirmos ofendidos, iremos lembrar que nossas viagens anteriores pela introspecção ampliaram nossas referências em permanecermos centrados na origem, e não no objeto da forte emoção.

Voltaremos ao assunto.


Texto revisado
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Atualizado em 2/5/2016

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