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Você é do tipo de mulher que  ama demais?

Você é do tipo de mulher que ama demais?

por Adriana Garibaldi
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Provavelmente, você já deve ter percebido que amor demais acaba sendo muitas vezes doloroso e a causa principal de seus sofrimentos; isso pela simples razão que todo amor que vira excesso, transforma-se num mar de sentimentos e emoções que um dia irão sufocá-la.
Sofre pela carência, por sentir que não é amada, e sofre ainda pelo julgamento da sociedade que aceita até facilmente um homem que trai, e não uma mulher que padece pela rejeição ou pelo ciúme. Infelizmente para cem pedras que as pessoas atiram numa mulher assim, umas poucas são atiradas para o homem que as traiu.

Não poderei lhe dizer por que isso acontece, acho que porque vivemos numa sociedade machista em que a traição de um homem é tolerável, e muitas vezes incentivada.
Sem dúvida, o ciúme doentio representa uma patologia difícil de ser tratada; pessoas para as quais mesmo não existindo motivos, há insegurança, a desconfiança surge. Em casos como este, um tratamento na área da psiquiatria se faz necessário.
Refiro-me aqui, no entanto, a pessoas como você, sadias ou medianamente sadias, em que um padrão inadequado foi adquirido na infância ou em consequência de estarem vivendo um relacionamento disfuncional, não confiável, uma relação toxica.

Nenhuma pessoa nasce com ciúme, ela se faz ciumenta, desconfiada ou mesmo carente pelo teor afetivo dos vínculos vivenciados no passado, onde construiu-se um repertório emocional desmedido ante situações de vida na relação com os outros. Ante contingências semelhantes, promove-se no futuro, um padrão de resposta também semelhante.

Em todo relacionamento afetivo existe um cálculo matemático onde é necessário ser considerada a soma de alguns ingredientes para o êxito da relação, um cálculo que chamarei de equação emocional do 100%. Você deve considerar que num envolvimento equilibrado cabe a cada um a contribuição de 50% para que um 100% de satisfação mútua possa ser alcançado. Acontece que, por algum motivo, possivelmente em consequência dessa estrutura aprendida, você esteja sendo incapaz de manter esse coeficiente em equilíbrio e sempre ultrapasse a cota de contribuição que lhe cabe na relação, entregando ao outro não um 50% de dedicação e entrega, mais 60, 70, 80% ou até mais do que isso.
Perceba, que de forma automática, a outra pessoa começará a diminuir a sua porcentagem de empenho em fazer com que a relação dê certo na medida inversa em que você a aumentou. Se você dá 60 o outro dará 40, se der 80 ele dará 20. Num cálculo onde sempre se procura o 100%.

Se no início de namoro ou do casamento ele contribuía com o seu 50%, essa contribuição irá diminuir para 40, 30, 20 e por aí vai, enquanto você der mais, ele dará menos. Por que isso acontece? Como já disse, porque provavelmente faltou-lhe o afeto suficiente que toda criança precisa para se sentir protegida, preenchida, amparada e amada. Seu padrão de autocobrança no sentido de conseguir alguma atenção dos pais era sempre muito maior daquele que você tinha condição de oferecer,condicionando-se a acreditar que para receber amor, precisava dar sempre mais, ser sempre melhor do que tinha condições de ser. Ser mais boazinha, obediente, atenciosa, correta, estudiosa, irrepreensível, uma criatura praticamente perfeita e, ao mesmo tempo, frustrada consigo mesma, já que, convenhamos, a perfeição não é deste mundo. Contudo, após fazer sempre algum esforço extra para ganhar o carinho de seus pais, você percebia que aquilo nunca era suficiente e isso fez com que desenvolvesse a crença que nunca o seria, que sempre precisaria aumentar sua contribuição em todos os vínculos afetivos de sua vida, obrigando-se a dar sempre mais.

Imaginemos que você já esteja operando nesse círculo vicioso de entrega sem limites em que sempre seu ato de dar parece-lhe pouco, onde você não se sente suficientemente digna de receber sem ter que dar em excesso. Você já deve ter observado que automaticamente começou a receber menos do outro, menos valorização, menos atenção, menos afeto, e a partir daí, você já sabe, desprezo, pouco caso, sentindo-se usada, manipulada. Sente que ao desrespeito seguiu-se a traição, a mentira e aquilo confirma ainda mais suas crenças aprendidas.
Não entende o porquê e tenta então esforçar-se mais um pouco ao ponto de, mesmo dando 100, recebe 0 de retorno.

Nesse ponto, provavelmente você resolva reagir, às vezes violentamente, às vezes humilhando-se para ganhar um pouco de afeto ou ambas as coisas ao mesmo tempo; ora agressiva, ora submissa, ou que agrava mais sua autodesvalorização.

Seguramente esteja sozinha nesse momento, absolutamente sozinha. Perderá até a compreensão dos amigos ou familiares porque infelizmente as pessoas não veem o que se passa entre quatro paredes, as humilhações, as dores, as angústias nem sequer o montante daquilo que você deu e o pouco que recebeu.

Gostaria de lhe dizer que a compreensão existe e a cura também. Você precisa buscá-la na figura de um terapeuta que possa ajudá-la a se reerguer sem julgamentos, de um amigo com quem desabafar, ou de um grupo de ajuda mútua onde possa encontrar pessoas que atravessam contingências emocionais parecidas.

Viver e ser feliz é uma arte às vezes difícil de ser aprendida, a arte de se conhecer, de se aceitar e de se valorizar. A arte de se querer bem acima de tudo, de fazer de você sua mais confiável amiga. E uma vez que estiver completa em si mesma, será capaz de dar o seu 50% para o êxito de qualquer relacionamento, cobrando do outro o 50% de responsabilidade que lhe cabe.

Você continuará amando demais, porque amar demais faz parte da sua natureza, mais terá aprendido a amar demais a si própria, respeitando-se como nunca o tinha feito antes, sentindo-se digna de respeito e merecedora de receber amor e de se fazer feliz.

Texto revisado

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Autor: Adriana Garibaldi   
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Atualizado em 4/20/2016

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