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Prisioneiro de um dominador oculto

Prisioneiro de um dominador oculto

por Teresa Cristina Pascotto
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Existem pessoas que, por mais que em essência sejam fortes e capazes de viver e se realizarem em suas vidas, sentem uma extrema necessidade de “ter alguém para si”, sob seu domínio, numa realidade paralela. Seria como se essa pessoa dominadora, tivesse muitas inseguranças diante da vida e precisasse ter alguém à sua disposição, para ter em quem se apoiar e de quem receber energia. Na realidade paralela, isto seria uma condição em que o dominador “abduz uma parte da alma” da pessoa que quer ter para si e a tranca em um cativeiro.

Se fôssemos abordar esta questão nos aspectos materiais, seria o mesmo que dizer que uma pessoa dominadora sequestra alguém e mantém essa pessoa prisioneira em um cativeiro, deixando-a ali, à sua disposição durante toda a sua vida, mesmo enquanto essa pessoa dominadora vai para o mundo viver sua vida.

Esta condição é muito mais comum na vida oculta das pessoas –nas dinâmicas ocultas em realidades paralelas- do que possam imaginar. A forma mais comum que existe, novamente, é na condição mãe/pai e filhos, mas pelos laços que se criam com a mãe, geralmente as pessoas criam mais este tipo de condição com a mãe (ou a figura materna que a substitui) e, quando se desenvolvem e vão para a vida estabelecer relações com as pessoas, acabam recriando esta mesma dinâmica com seu parceiro(a).

Para facilitar, vou usar o exemplo de uma mãe com seu filho, que normalmente é a base original que se estabelece para, a partir desta base, as pessoas recriarem mais destas mesmas condições, sempre mantendo a condição da relação original que deu início a este condicionamento. Mas caso você não consiga identificar essa condição entre você e sua mãe (ou pai) ou entre você e seu filho, observe as relações que teve no passado, com alguma pessoa que representou segurança para você – como avós e tios, p.ex. – ou com a pessoa com quem tem uma relação amorosa e preste atenção para que possa perceber se é alguém que aprisiona ou é prisioneiro de alguém. Não queira ser a vítima, seja humilde para identificar se você não é aquele que domina e aprisiona.

Vou abordar uma das formas em que esta condição ocorre, mas entenda que da mesma forma que um filho pode aprisionar sua mãe numa realidade paralela, ao mesmo tempo, esta mãe também pode “abduzir uma parte da alma” deste filho e o manter prisioneiro em outra realidade paralela. Aqui um aprisiona o outro. Esta é uma condição simbiótica ainda mais grave. Tenho trabalhado com muitas pessoas que têm suas vidas estagnadas por conta destas condições ocultas que vivem.

Um filho, dependente emocionalmente, cheio de inseguranças para a vida, além de outras condições na interação com sua mãe, numa dinâmica oculta – como ex. o texto que escrevi:
Dependência Emocional – poderá ser também um grande dominador, egoísta, que precisa ter sua mãe somente para si, à sua disposição, não somente por ter medos da vida num geral, mas por querer que essa mãe se dedique quase exclusivamente a ele e cuide dele ‘para sempre’. Em sua arrogância, este filho se sente independente e poderoso, e prefere acreditar que sua mãe o domina e não o contrário. É aqui que está a grande armadilha do ego, que oculta a verdade da própria pessoa, fazendo com que se ache vítima de uma mãe dominadora, quando a verdade é o inverso disso.

Ele então captura uma parte da alma da mãe e a tranca em um cativeiro, numa realidade paralela. Esta condição pode ser percebida de forma mais branda na realidade física, em que a mãe não fica literalmente num cativeiro, onde este filho se mostra mesmo dominador com relação à mãe e exige dela a presença e atenção “24h por dia”. Ele exige sua presença sempre que está em casa, sempre que precisa dela, sempre que precisa ligar para ela, ele não suporta quando não a encontra à sua disposição a qualquer momento que queira falar com ela, seja por qualquer motivo, até mesmo apenas para mandar uma mensagem de texto dividindo uma experiência corriqueira que esteja vivendo.

Ele quer ter sua mãe sempre ao seu alcance, podendo tê-la nos momentos de dor por situações de vida; ou de raiva de alguém, em que joga essa energia sobre a mãe, para desabafar; de medos; quando precisa de carinho por estar muito carente etc.. Mas nos momentos em que este filho está bem e está cheio de disposição para a vida, ele simplesmente despreza essa mãe, nem “lembra que ela existe”, não se preocupa com o bem-estar dela e a deixa ali, “abandonada”. Em um momento este filho está quase “devorando sua mãe”, extraindo sua atenção e energia somente para si, mas no momento em que não precisa dela, a deixa sozinha, mas nunca a liberta de verdade. Olhando para a realidade na vida física, esta mãe é livre, mas energeticamente esta mãe é prisioneira deste filho e mesmo quando ele a deixa em paz, ela fica apática e sem vontade de fazer qualquer coisa, fica com pouca energia para si, depois que este filho a sugou profundamente.

Este filho consegue isso porque sua mãe tem uma forte ligação com ele, por questões, normalmente, de vidas passadas e por conta de uma grande carência emocional que essa mãe tem, mesmo que ela não perceba. Pela sua carência afetiva e por ter afinidades com esse filho, ele se torna “tudo na vida dessa mãe”. Portanto, apesar de esse filho ser dominador, esta condição somente acontece porque sua mãe tem um grande amor ou uma grande obsessão por esse filho. Desta forma, quando este filho “quer muito sua mãe” para si, a ponto de aprisioná-la num cativeiro só para tê-la para si, esta mãe sente esse querer intenso desse filho –que nada mais é do que algo doentio e não amor– e essa energia chega a ela como uma forte energia que ela, distorcidamente, entende como sendo energia de amor e, acrescentando-se a isso, recebe a energia de apelo do filho no sentido de passar para a mãe a mensagem de que depende dela para viver. Esta mãe então se sente feliz com o fato desse filho a querer tanto e então praticamente se entrega ao seu dominador e vai de bom grado para o cativeiro. Reforço que estou falando de conteúdos que estas pessoas vivem de forma inconsciente, não se trata de decisões racionais e nem se trata de algo que ocorre na vida física.

Esta mãe, então, em sua carência afetiva, fica tranquilamente no cativeiro oculto à espera do filho, sempre que ele a quer. Mas esta mãe sofre quando este filho está bem e feliz, porque ele não precisa dela neste estado e a abandona. Ele somente precisa dela como uma tola à sua disposição com quem possa falar e acessar o tempo todo, quando quiser. Porém, ele é mais intenso em seu “querer a mãe” principalmente quando está mal, doente, sofrendo ou com algum problema, aí ele “corre desesperado”’ para a mãe, não somente nessa realidade paralela, mas também na vida na matéria. Nos casos de ele estar em sofrimento, ele paralisa a mãe na realidade paralela, mas isto ressoa em sua vida física praticamente “paralisando” a mãe, ela fica meio alheia em sua vida, fica perturbada ou extremamente angustiada, incapacitada para viver sua vida diária de forma natural.

Este filho extrai tanto dessa mãe, que num estado mais grave dessa condição, caso esse filho esteja com sua vida estagnada, vazia e sem sentido, ele é capaz de fazer com que ela seja tão sugada energeticamente por ele, que isso poderá levar sua mãe a entrar em depressão e em estado de pânico. Tudo o que ela sempre viveu natural e tranquilamente em sua vida, neste estágio, ela passa a não suportar mais viver. Se era uma mãe bem disposta e alegre, que estava sempre ativa e viva, cumprindo suas obrigações diárias, fazendo passeios e estando com pessoas, se este filho chega a este ponto de estagnação, principalmente se for por um grande medo da vida, ele poderá “puxar ainda mais da mãe” para si, tirando-a quase totalmente de sua própria vida e então essa mãe poderá não querer fazer mais nada da sua vida, poderá perder até a vontade de viver. Isto poderá refletir gravemente em sua vida onde, em casos mais severos, poderá perder seu emprego, perder seu companheiro ou se não tiver um companheiro, poderá se tornar solitária, somente para ficar à disposição desse filho nessa fase de sua vida. Quanto mais este filho está em sofrimento, mais esta mãe se disponibiliza para ele (e mais este filho exige dela), se ausentando de sua própria vida. Este é um quadro bastante doentio de ambos, pois não se trata somente de este filho abduzir mais dela, mas se trata de essa mãe sentir que esse filho precisa mais dela e quase que voluntariamente ela vai abrindo mão de sua vida, vivendo somente o “básico”, para estar disponível para esse filho. Nesta situação, esta mãe estará até mesmo mais presente na vida física para o filho. Ela poderá enfraquecer de várias formas física, emocional, mental e espiritualmente. Esta mãe, estando em depressão, poderá deixar de sair para se divertir, mesmo que seu filho esteja com amigos se divertindo, ele a mantém em casa porque ela não consegue sentir vontade de sair (ela está sem forças para a vida na matéria, porque grande parte de sua energia está aprisionada no cativeiro da realidade paralela), pois ela precisa estar apenas disponível para ele, dando energia para ele e esperando que a qualquer momento ele poderá precisar dela.

Com este enfraquecimento se agravando, esta mãe, caso sinta vontade de sair e fazer algum passeio, assim que pensa em sair, logo sente uma grande fraqueza intensificada, até mesmo fisicamente, e sente uma forte angústia e depressão, além de também poder sentir pânico só de pensar em estar no mundo. Esta mãe nunca sentiu isso antes em sua vida, ela sempre teve vontade de ir para o mundo, de passear e estar com pessoas e, “do nada”, começa a sentir pânico só de pensar em estar no mundo. Isto se deve ao fato de seu filho estar prendendo-a mais intensamente e além de extrair a energia vital dela para si, também drena sua energia, para que ela não tenha forças para sair, pois ele teme – tudo inconscientemente – que se sua mãe for para o mundo, ela poderá viver experiências muito satisfatórias, estará muito voltada para sua própria vida, “esquecendo dele”, o que fará com que o filho perca a exclusividade de sua atenção e de sua energia somente para si. Ele a controla.

Ele entra em pânico só de imaginar que sua mãe não estará mais à sua disposição. Porém, se esse filho tiver estímulos para viver e começar a viver coisas que lhe interessem e for mais para a vida, se sentindo mais seguro, ele então deixará sua mãe presa no cativeiro, irá abandonar essa mãe, até mesmo ficará com raiva dela e a desprezará, mas em hipótese nenhuma irá soltá-la e devolver sua vida para ela. Ele não sabe o que acontecerá em sua vida e se precisará dela, e não se sente seguro em viver sem sua mãe.

Quanto mais este filho cresce e amadurece, mais grave esta condição poderá se tornar, pois ele estará enfrentando muitos desafios na vida, na fase adulta, e sente muito mais medo de perder sua mãe. Então, a vida de sua mãe, com o tempo, consequentemente vai piorando e ela vai enfraquecendo mais e se sentindo em depressão e em pânico cada vez mais, à medida que a vida do seu filho avança. A depressão se deve também ao fato de essa mãe começar a sentir uma solidão profunda, que dói em sua alma, mas não somente pela solidão, mas principalmente pelo fato de no fundo, ela saber que é prisioneira e que isso significa que nunca poderá deixar de sentir essa solidão, pois nunca poderá estar para si, livre para viver sua vida de verdade. Mesmo que sua mãe tenha um companheiro ou seja casada com o pai desse filho, o sentimento de solidão vai se intensificando dentro dela, justamente porque cada vez mais ele abduz um pouco mais de sua vida para si, trancando-a no cativeiro. Se esta mãe é casada, por exemplo, ela está ali, em sua vida, com seu marido, mas ao mesmo tempo se sente ausente e isolada, ela começa a “não sentir nada”, não sentir prazer, não sentir vontade de viver como antes sentia. Mesmo tendo um companheiro, este isolamento faz com que se sinta solitária, e uma angustia profunda toma conta dela.

Se ela for uma pessoa que está “solteira”, este filho jamais deixará sua mãe ter um companheiro novamente, pois ele já experimentou antes, com seu pai ou com outras experiências que sua mãe teve (mesmo que ele não tenha ficado sabendo), o quanto sua mãe se envolve com o parceiro e o quanto de energia ela direciona ao parceiro e o quanto de sua energia ela usa para si mesma quando está se relacionando com alguém, direcionando pouca energia para ele, o filho. Assim, esse filho se aproveita que sua mãe está solteira e a aprisiona mais profundamente em seu cativeiro, como forma de garantir que sua mãe jamais terá outro parceiro. Ele não quer dividir sua mãe com mais ninguém. Se ele tiver irmãos, ele manipula todos para ter muito mais de sua mãe para si, deixando seus irmãos “quase órfãos” em energia de mãe. Se for filho único... essa mãe irá definhar energeticamente ao longo de sua vida, pois cada vez mais esse filho vai querer sua energia exclusivamente para si, mesmo que esse filho seja um grande profissional, esteja casado e tenha filhos, ainda assim, ele nunca vai abrir mão de sua mãe.

Ela é a fonte de vida para ele. Ele tem sentimentos conflitantes com relação a ela, pois sente ódio, amor, culpa, pena, dentre outros. Apesar disso tudo, ela é vida na vida dele e ele aprendeu a viver assim desde seu nascimento e ao amadurecer, continuará com este contexto.

Apesar de parecer que isto ocorre mais com o filho em relação à mãe, isto é extremamente comum ocorrer com a filha em relação à mãe. Além de ocorrer com o pai e filhos também.

Se ela for tentar encontrar justificativas em sua vida para entender o motivo da angústia, da depressão e do pânico, ela provavelmente não conseguirá encontrar nada de real em sua vida que justifique isso. Pois a verdade desses sentimentos e dor profunda, está escondida em seu inconsciente, o motivo disso é o fato de ela pertencer a esse filho e cada vez mais ele estar roubando mais e mais de sua alma e de sua energia vital para si.

Quando atendo uma pessoa, que vive essa condição sendo a mãe, ao trabalhar mais profundamente esta questão, entrando em contato com a consciência de seu filho, telepaticamente “escuto” coisas deste tipo: “Você é minha, você me pertence. Não posso viver sem você. Te odeio (há um ódio nesta relação), mas mesmo assim você é a única pessoa neste mundo que é capaz de dar a vida para me salvar, é a única pessoa que faz sacrifícios por mim, que me ama, que fica à minha disposição para eu usar do jeito que for melhor para mim. Eu nunca vou libertá-la, nunca vou deixar você livre para viver sua vida e esquecer de mim. Não posso viver sem você. Não me peça para te libertar, pois isso nunca acontecerá. Não vê que estou mal e precisando de você? Você será egoísta em pensar somente em você e esquecer que eu preciso de você?

Como sempre, a cura para este tipo de situação começa com a tomada de consciência desta realidade que ocorre entre ambos. Se um dos dois ou os dois descobrirem estas verdades, então a cura poderá começar a ocorrer, desde que aquele que tomou consciência se proponha a enfrentar todos os desafios internos que este processo de cura implicará.

Se ambos vivem isso, é porque para ambos isto é conveniente de alguma forma, mesmo que isso seja um absurdo. Mas em se tratando de contextos no inconsciente humano, tudo é absurdo. Se é conveniente para ambos, é porque há carências e um grande medo de perderem esta condição até mesmo para a mãe que é prisioneira. Só que não há como acabar com esse contexto insano, sem que haja dor na separação de ambos. Porém este é um preço baixo a se pagar, quando se trata de liberdade de ambos.

Lembre-se também, que esta mesma situação poderá ocorrer de forma invertida, em que a mãe aprisiona o filho para si e depende dele emocionalmente. E também, que este filho poderá recriar essa mesma situação com sua parceira(o), não para substituir sua mãe, mas para ter mais de outro alguém para si.

Explore seu inconsciente para descobrir mais, apenas tendo a intenção de que isto ocorra, pedindo que sua alma o guie nesta exploração para que possa descobrir outras possibilidades em que esta condição pode estar ocorrendo em suas dinâmicas ocultas. Seja corajoso e humilde para estar preparado para as percepções a seu respeito que poderá ter, se for realmente honesto consigo mesmo e se estiver preparado para sair do papel de vítima e se descobrir um grande manipulador e dominador, poderá ter grandes avanços em sua cura. Aqui está a chave de toda cura real: assumir a responsabilidade sobre sua vida.

Texto revisado
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Atualizado em 8/26/2016

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