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Às vezes, amar é bom; outras, desistir é melhor

Às vezes, amar é bom; outras, desistir é melhor

por Adriana Garibaldi
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Por que queremos nos envolver, amar, nos relacionar com alguém? Ter um namoro?
"Por que" acredito não é bem a questão e sim, "para que". Para que querermos namorar e como faríamos isso, principalmente a partir de quais expectativas? Falo isso reconhecendo que o "porquê" a gente já tem. O "porquê" é simplesmente porque somos humanos e seres humanos são feitos de amor, dessa substância essencial que nos dá a vida, ou simplesmente porque a gente ama aquela pessoa e o amor explica-se a si mesmo, ou melhor, não tem explicação.

Quando alguém desperta em nós essa emoção, um brilho especial se irradia a partir daquele outro ser e, mesmo não entendendo bem o motivo disso ter acontecido, o amor é sempre a resposta a nosso "por que". Falo neste caso do despertar dos sentimentos, que é bem diferente que a criação deles. O amor não se cria do nada, ele é desperto, como se tivesse estado sempre lá, dentro de nós e alguém tivesse acionado um interruptor e acendido a lâmpada do amor que já existia dentro. Então, buscamos estar próximos daquela pessoa, porque essa proximidade nos aquece o coração, nos faz bem, nos acalma, nos preenche de beleza, de inspiração, nos ilumina por dentro.
Apesar disso parecer maravilhoso, não é tudo para termos uma relação, um namoro, já que esses sentimentos podem referir-se unicamente a nós, e não ao outro, então, nesse caso, aparece uma outra questão e precisamos voltar-nos à pergunta do início do texto. "Para que". Para que desejarmos namorar, estar com alguém, quando esse alguém não deseja estar de igual forma conosco? Se a resposta não for porque gostamos de sofrer, então, precisaremos de alternativas que nos sejam propícias para evitarmos um sofrimento inútil, e, quando o "para que" fica sem resposta e porque chegou o momento disso tudo ser analisado a partir de uma outra perspectiva.

Nossos motivos precisam ficar claros para nós. Muitas vezes, a partir dessa avaliação constatamos uma disfunção interna que nos levou a construir castelos de fumaça a partir de repertórios inconscientes, das nossas emoções, de quereres não fundamentados na realidade, enfim, de um amor inadequado que, queiramos ou não, precisará ser demolido o quanto antes para sermos capazes de preservar nossa autoestima. 

Quando a correlação entre nosso querer e o querer do outro é do mesmo tamanho e na mesma intensidade, então, seremos capazes de encontrar sentidos, propósitos e as respostas ao "para que" serão automaticamente respondidas. Constrói-se assim uma relação de fato, um namoro, um compartilhar onde ambos interruptores foram acionados ao mesmo tempo e a lâmpada do amor foi acesa em ambos.

Quando estamos sozinhos, a ideia de encontrarmos um amor parece abstrata, sem conteúdo nem forma. Sentimos como se existisse em nós uma lamparina apagada e temos uma vaga sensação que ela pode ser acesa de alguma maneira. Um dia o interruptor é acionado, mas isso não basta, porque para que de fato exista relacionamento ambas lâmpadas e interruptores precisam ser acionados ao mesmo tempo.

Para que desejamos namorar? A resposta parece óbvia: porque o amor que existe em nós precisa brilhar para nos fazer sentir vivos. Nossa lâmpada, no entanto, não é capaz de acender sem que lá, do lado de fora, alguém acione o interruptor. Às vezes acontece da pessoa ter esbarrado no nosso interruptor sem nunca ter tido a intenção de acender nossa lâmpada. Então, sofremos, vivendo um amor impossível, unilateral, platônico.
Algumas vezes, improvisamos outras formas possíveis de nos relacionar com aquela pessoa, na base da amizade provavelmente, esse caminho pode dar certo em alguns casos, noutros não é possível. Então é o momento de nos perguntar: para quê? E esse questionamento precisa ser feito bem depressa.
O que podemos esperar de uma relação na qual o brilho do outro acende a lâmpada de nosso amor, enquanto nosso brilho não é capaz de acender a lâmpada da outra pessoa? Só amar não basta, ele não é suficiente quando não existe correspondência, quando não pode ser compartilhado.

Quando a correlação entre nosso querer e o querer do outro é semelhante, então, seremos capazes de encontrar sentidos, propósitos e nosso "para que" poderá ter resposta.
Amar é maravilhoso, mas desperdiçarmos amor é burrice. Sozinho, o amor não pode sobreviver nem nos brindar com a claridade suficiente para iluminar nosso íntimo onde encontram-se os objetivos do "por que" querermos nos relacionar, namorar, abrir-nos a um vínculo num compartilhar de mútuas expectativas e de troca.

Texto Revisado

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Atualizado em 9/29/2016

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