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Por que não me perdoo?

por Paulo Salvio Antolini
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Encontramo-nos causalmente e ela me pediu: “Escreva por que temos dificuldades de nos perdoar, principalmente quando é algo que se refere a pessoas que já morreram,”. No artigo “auto perdão” dissemos que se perdoar é muito mais difícil do que perdoar ao outro. A principal razão é ter que admitir o próprio erro, sem justificativas ou tentativas de amenizar o ocorrido. Quando se pratica algo que após algum tempo se percebe ter sido injusto (a), ou mesmo que tendo sido justo (a), ter agido com uma postura severa demais, além do necessário, há então um grande conflito interno, verdadeira guerra entre ego e consciência.

O ego, tal qual uma película que nos diferencia uns dos outros, tem em suas entranhas o orgulho, a vaidade, o apego, a soberba, além de outros instrumentos para seu uso e defesa, mas tem também a dissimulação, que se torna a arte de fazer o que é parecer o que não é. A consciência traz em seu bojo a paciência, a compreensão, a compaixão e, principalmente a humildade, que desmistifica toda e qualquer situação através da simplicidade do assumir o que lhe diz respeito, seja positivo ou não.

O remorso corrói e atormenta aqueles (as) que o sentem. Aflição e tormento de consciência por atos praticados e depois reprovado pelos (as) praticantes, exige um firme propósito para, após assumir o que se recrimina, iniciar a peregrinação interior que, com o tempo reconstruirá a autoimagem, destruída pelos acontecimentos e alimentadora de uma baixíssima autoestima. A dificuldade em admitir verdadeiramente que possa ter feito algo do qual agora se envergonha é também um dos fatores que fixa as pessoas no mal estar. Algumas dizem que admitem, reconhecem o que fizeram e mesmo assim não conseguem se perdoar. Reconhecem apenas “da boca para fora”, pois de fato não absorveram ainda o ocorrido e suas participações.

Basta se olhar atentamente e será verificada uma sensação interna de inconformismo, “isso nunca poderia ter acontecido!”. Eis a prova de que ainda não aceitou que pode ter feito o que fez. Repito aqui: “aceitar é dar por verdade, não significa concordar!”. No conflito consciência x ego, após os vislumbres da consciência acontecerem, o ego ainda em sua tentativa de preservação e de auto demonstração de manutenção de sua integridade, pratica o tão conhecido autoflagelo. A autopunição “corre solta”. Quando a pessoa se autopune ela esta tentando demonstrar a si mesma que está pagando pelo “pecado” praticado. Essa pratica não só faz a pessoa sofrer e muito, por muito tempo, como também não permite que ela assuma realmente o que fez. O inconformismo, a autopunição, a dor que, mesclada com as mais diversas sensações e emoções se manifesta, mantém a pessoa girando em círculos e isso a impede de caminhar rumo ao que será sua libertação.

Um ato quando verdadeiramente assumido e pela qual se responde com toda a humildade que isso acarreta leva a libertação do feito. Porém nossa cultura recrimina quem após ter praticado algo abominável, se recupera, levanta a cabeça e segue em frente. Já escutaram ou disseram “olha só que cara de pau, age como se nada tivesse acontecido”.
O (a) “cara de pau” apenas assumiu as consequências de seus atos, procurou corrigi-los se possível, desculpou-se com os envolvidos e cuidou de não mais cometer o mesmo tipo de comportamento. Em uma sociedade onde a pratica é de repreensão mais do que de estímulo, a critica mais do que a análise, agir de forma adulta é não só estranho como gera melindres.
Se você viveu um período onde sua capacidade de percepção estava alterada, não conseguiu ver com maior amplitude as coisas, entendeu distorcidamente a posição de outras pessoas e com tudo isso teve atitudes que depois se mostraram indevidas, por maior que seja o dano, resta apenas o responder pelo feito, desculpar-se com os envolvidos, reparar se possível e se a ou as pessoas envolvidas já tiverem falecido, se auto perdoar e vigiar-se para não mais repetir algo semelhante com outras pessoas.

Texto revisado
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Atualizado em 11/13/2016

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