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O desafio de ser você mesmo

O desafio de ser você mesmo

por Camilo de Lelis Mendonça Mota
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Em sua fragilidade diante da hostilidade que o mundo representa, as pessoas buscam a todo momento mostrar-se de um modo diferente do que são. Dessa forma, fica mais fácil passar pela vida sem aparentar fraqueza, mostrando para os outros que tudo vai bem e que não há com o que se preocupar. No entanto, quando estamos sozinhos e ficamos bem perto de nós mesmos é que reconhecemos com um pouco mais de clareza aquilo que verdadeiramente somos.

Conviver com essa verdade desconfortável é, para muitos, um sofrimento que se arrasta por anos. São coisas que não se revela para ninguém, nem para o melhor amigo (e às vezes ainda leva muito tempo para que surjam durante um processo terapêutico). Mas fica ali na sombra, como um bicho acuado, esperando uma chance para respirar, para se soltar e se libertar dessa gaiola que o Ego criou para ele num cantinho obscuro do Inconsciente.

Algumas dessas dores acabam por exigir uma resposta, uma descarga de energia que, vez por outra, encontra saída no próprio corpo causando transtornos que vão além do sofrimento mental, passando a configurar algum adoecimento físico. Esse processo acontece de maneira inconsciente, pois ficamos na maior parte das vezes procurando satisfazer o Ego, sem prestar atenção nas pulsões que ficam sendo por ele reprimidas, causando uma desconfiguração na personalidade. De acordo com Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, "o que está em sua mente não coincide com aquilo de que você está consciente; o que acontece realmente e aquilo que você sabe, são duas coisas distintas".

Esse processo de redescoberta de si mesmo é uma das razões pelas quais a psicoterapia auxilia a pessoa no encontro de respostas e de novas perguntas que permitirão aberturas diferenciadas para a vida, novos olhares sobre a realidade. Diante do analista está o desafio de ser você mesmo, ainda que procure fingir o que não se é, pois é do enfrentamento das transferências que ocorrem durante as sessões de terapia que tanto o paciente quanto o terapeuta se reformulam, se reintegram e constroem uma nova realidade para ambos. As "coisas distintas", citadas por Freud, formam esse conjunto de saberes e representações a que chamamos Eu, que se compõe de uma parte consciente, mas também é formado por um universo enorme de fatores inconscientes.

A terapia fornece a possibilidade de integração entre os fatores regidos pela imaginação (tanto no sentido de criatividade, quanto na formulação de fantasias) e pela realidade, que nem sempre aparece agradável numa primeira abordagem. Viver a própria realidade e compreendê-la é uma escolha que pode ser feita de maneira cada vez mais consciente, na medida em que se compreende as forças que atuam no inconsciente.

Texto revisado
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Atualizado em 1/24/2017

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