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Esvaziar-se

Esvaziar-se

por Paulo Tavarez
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Cristãos, Judeus, Muçulmanos, hindus, todos os grupos religiosos do planeta buscam a mesma coisa: a libertação. Na ânsia de se livrarem de sua angústias, passam a seguir preceitos religiosos e estudar profundamente as escrituras, seja o Corão, a Bíblia, os Vedas ou qualquer outra literatura considerada redentora.

Acontece que a libertação não se alcança através de estudos e mesmo que esses seguidores decorem extensos trechos dos ensinamentos sagrados, ainda assim, serão os mesmos e continuarão, pura e simplesmente vivendo na mesma prisão. Talvez suas celas fiquem um pouco mais ornamentadas, mas ainda assim serão celas.

O Mestre Jesus dizia que não se deve colocar vinhos novos em odres velhos; isso quer dizer que não podemos interpretar as grandes verdades universais, presentes nessas escrituras, estando intoxicados de crenças antigas, presos a conceitos anacrônicos e seguindo padrões ultrapassados de raciocínio.

As grandes verdades encontram-se nesses livros, mas só podem ser realizadas na consciência. O desenvolvimento da consciência adquire-se através do mergulho profundo dentro de si mesmo, buscando um contato mais íntimo com a nossa verdadeira natureza, o homem precisa esvaziar o copo para que ele possa ser preenchido com novas substâncias, assim estará absolutamente receptivo. É preciso renovar-se sempre.

O que normalmente fazemos é interpretar aquilo que é novo com a mesma visão do passado, ou seja, estamos colocando, realmente, remendos novos em roupas velhas, tentando entender a dinâmica do universo fazendo uso de conceitos primitivos.

Cristo lutou contra as tradições, condenou a moral dos fariseus, desdenhou o sábado, reprimiu os hipócritas que rezavam em praça pública, pregou o desapego e a renúncia, insistiu para que deixassem de observar as excessivas normas mosaicas, que atendiam às demandas de uma época ultrapassada e trouxe uma boa nova ensinando a resolver qualquer questão através da Lei do amor, mas ainda assim, até hoje, interpretamos os seus ensinamentos com a mesma visão contaminada por crenças e normas levíticas, não conseguimos nos libertar do temor às leis transitórias e adulteramos completamente a profundidade dos seus ensinamentos.

O mais importante para aquele que busca a libertação, por incrível que pareça, é parar de interpretar. Uma vez que passe a ouvir a própria alma, todas as verdades vêm à tona e se manifestam naturalmente. É preciso deixar de ser ‘normal’ e voltar a ser natural, só isso. O homem insiste em viver aprisionado e não percebe que as portas estão sempre abertas, basta começar essa caminhada de desconstrução de todas os valores e crenças impostas pelas forças que vêm de fora.

É preciso deixar de acreditar e buscar o saber, o verdadeiro saber. O Reino de Deus está dentro de cada um de nós e não ali, lá, acolá, com explica o Nazareno.

“Feliz aquele cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições” (Buda).

Texto revisado
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Atualizado em 2/1/2017

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