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Plutão: Então como fica essa questão?

Publicado por Graziella Marraccini em Astrologia

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Após a notícia publicada na revista Veja do dia 23 de agosto passado, uma nova notícia sacudiu o mundo da astrologia por causa de sua repercussão na mídia: Plutão foi rebaixado à condição de planeta-anão ou planeta/asteroide, ou seja, perdeu o status de planeta do nosso sistema solar. Os astrônomos reunidos em Praga na Assembléia Geral dos Astrônomos resolveram mudar a definição daquilo que deve ser considerado um planeta. O site oficial da Assembléia "www.astronomy2006.com" publicou algumas resoluções importantes sobre as conclusões dos astrônomos e, entre elas, uma que nos interessa como astrólogos: aquela que ‘rebaixa’ Plutão a uma condição de “dwarf planet”, ou seja, planeta-anão. Afinal, ele não é mais considerado um planeta mas somente um planeta-anão, ou um planetinha! Pois bem, que ele é ‘anão’ sempre soubemos (é infinitamente pequeno) e que ele tem uma elíptica estranha, também era sabido. E agora, como fica essa questão para os astrólogos?

Choveram e-mails em minha caixinha desde a semana passada e até uma entrevista a uma rádio de São Paulo precisei dar, do mesmo modo que vários astrólogos foram entrevistados nos vários canais da mídia. Cada um dos entrevistados deu sua opinião pessoal. Não há consenso entre os astrólogos pelo simples fato de que nem tiveram tempo de examinar a questão, mas o ponto de vista de cada um precisa ser respeitado. Pelo que entendi, muitos são aqueles que afirmam que nada muda para a astrologia. Aqueles que consideravam Plutão em suas leituras continuarão a faze-lo e aqueles que não o consideravam, continuarão a não faze-lo.

Mas, afinal, algo irá mudar para a astrologia? Primeiramente, é importante definir a que tipo de astrologia o astrólogo se refere. Existem várias escolas: uma que se define científica, outra cármica, outra ainda simbólica ou arquetípica, etc. Se nem mesmo os astrônomos tiveram uma opinião unânime para essa classificação porque os astrólogos não poderiam ter opiniões divergentes?

Fazendo uma reflexão: quantos de vocês têm devoção por São Cristóvão, patrono dos caminhoneiros? E quantos têm devoção por São Jorge? Bem, esses santos que já fizeram muitos milagres, foram ‘rebaixados’ pela Igreja Católica há alguns anos! E o que mudou para os milhões de fiéis que continuam a rezar e a receber sua proteção? Nada, absolutamente nada. Não é através de uma etiqueta ou de uma nomenclatura que as coisas irão mudar. Acredito que para Plutão acontecerá a mesma coisa. Plutão não é considerado por muitos astrólogos, assim como não o são Urano e Netuno, pois a astrologia antiga, como expliquei no artigo da semana passada, era baseada somente nos planetas visíveis a olho nu, ou seja, os planetas até Saturno, além do Sol e da Lua. E todos sabemos que o Sol é uma estrela e a Lua é nosso satélite e, portanto, não é um planeta. Mero reflexo do Sol ela nos ajuda a compreender esse símbolo, nada mais. Então, deveríamos deixar de considerá-la também? Isso daria mais credibilidade à astrologia? A Lua não tem representação na cosmologia grega e, no entanto, é muito estudada pelos astrólogos.

A questão não é essa. Aprendi que astrologia é baseada em arquétipos e, como dizia Jung, mesmo que o planeta não esteja mais lá ou mude de nome, o arquétipo continua existindo. Os planetas e outros corpos celestes recebem seu nome das pessoas que os descobrem. Por alguma razão esses astrólogos e cientistas usaram os Deuses Gregos, até recentemente, para nomear os planetas até o momento em que começaram a usar outras divindades, como Xena, por exemplo. Talvez a razão seja simples: isso deve estar simplesmente indicando que a humanidade está mudando, que nós precisamos ampliar nosso leque de símbolos arquetípicos, incluindo - porque não? - outros Deuses de outras civilizações, de outros países! E, afinal, um Deus é somente um símbolo de energia geradora, mas o planeta, seja ele anão ou não, não gera energia nenhuma. Ele não tem energia própria! Somente o Sol possui energia própria em nosso sistema solar, por ser ele uma estrela. Ele é a estrela do nosso sistema solar.

Mas, voltemos a Plutão. O que importa se ele é pequeno ou grande? Vocês conhecem o ‘tamanho’ de Zeus (ou Júpiter). Vocês conhecem o ‘tamanho’ de São Francisco ou de Santa Generosa? Que importância isso tem para a nossa fé? Dizem que Zeus era grande e assim o planeta que o representa é também grande, o maior de nosso sistema solar. Mas será que ‘tamanho’ é documento? O pequeno átomo é o elemento inicial da destruidora bomba atômica! Que, aliás, coincidentemente, surgiu na Terra ao mesmo tempo em que Plutão foi descoberto! E Plutão, na simbologia astrológica, tem relação com esse tipo de energia e seu tamanho, realmente, não importa! Quem disse que Plutão, ou Hades, como era conhecido pelos gregos era “grande” ou precisaria ter um tamanho “enorme” para ter poder? Ele era o Deus que guardava o Reino dos Mortos e tinha em suas portas o fiel guardião Caronte. Este é também o nome do satélite de Plutão que agora, conforme a nova nomenclatura passará a ser considerado um planetóide. Existem asteróides, como Kiron, que são considerados simbolicamente dentro da mandala astrológica. Alguns astrólogos lhe atribuem alguma qualidade e o utilizam em suas interpretações, outros não.

Mas, então, voltando a Plutão, porque será que a ciência astronômica - que não considera a astrologia - quer tirar o cetro deste Rei dos Infernos: será medo? Medo do desconhecido? Medo dos infernos? Medo daquilo que pode ainda aparecer “além de Plutão”?

Passei o fim de semana meditando sobre o assunto e fazendo pesquisas, inclusive relacionando o assunto à astrologia cabalística que é uma das minhas especialidades. Na Árvore da Vida atribuo a Plutão a primeira Esfera, de n° 1, ou seja a Esfera de Keter, a Coroa. Mas os cabalistas tradicionais colocavam ali o planeta Saturno. A razão não seria simplesmente que, à medida que a humanidade vai evoluindo em seu caminho espiritual, vai ‘enxergando’ cada vez mais longe? Enxergando além da matéria, dos olhos físicos? E desta forma, por sincronicidade cósmica, aparece diante de seus olhos o corpo celeste, ‘símbolo’ correspondente? Descobriremos, então, novos planetas? Tenho certeza que sim, mas não estarei aqui para ver, pois isso levará centenas de anos para acontecer. A evolução da humanidade é lenta, muito lenta. Nossa cegueira não tem fim e poderá nos levar à morte e à ressurreição, à destruição de nosso planeta e ao sucessivo renascimento. Alguns escorpianos enviaram e-mails e telefonaram preocupados com esse ‘rebaixamento’ de seu planeta regente. Como ficará, então, esse signo? Primeiramente, devemos continuar a considerar Marte como planeta regente do signo de Escorpião, já que sua analogia foi amplamente estudada através das estatísticas astrológicas. Depois, se quisermos considerar Plutão como arquétipo, lhe atribuiremos as qualidades e os defeitos desse deus grego e a regência da Casa VIII que é a Casa da Morte e da Transformação. Ambição, tenacidade, força de caráter, espírito independente, necessidade de controle sobre as forças da natureza e sobre o desconhecido, capacidade de estratégia, capacidade para pesquisar o subconsciente (muitos psiquiatras são deste signo), domínio sobre o desconhecido, necessidade de perscrutar o mundo do além. Defeitos? Violência, brutalidade, arrogância, paixões cegas e violentas, abuso de poder, necessidade de domínio a qualquer preço, ambição desmesurada, para citar alguns. As faculdades psíquicas são uma característica típica dos natos do signo de Escorpião: ninguém como eles conseguem desvendar tão bem o oculto e entre eles encontramos muitos magos! Uma outra analogia do signo é aquela ligada ao sexo. A reprodução do ser humano acontece através do sexo, a união entre o masculino e o feminino, entre o espermatozóide e o óvulo. Ultimamente, com a manipulação de embriões e a reprodução assistida, o ser humano faz o papel que antes era somente atribuído a Deus. Ou seja, o ser humano resolveu substituir Deus. E então, da mesma forma, os cientistas também mudam as atribuições de um corpo celeste tentando assim rebaixar a importância que teria, simbolicamente, esse planeta. E isso aconteceu agora, enquanto Plutão passa pelo centro da Galáxia, a 24° de Sagitário, nessa constelação que é ligada às filosofias e crenças religiosas! Sincronicidade, como diria C.G.Jung! Sincronicidade! O Homem quer se colocar no lugar de Deus! Quanta soberba! Quanta arrogância!

Vamos, então, deixar as coisas desse jeito: não se alarmem, nem os natos de Escorpião nem os natos de outros signos do zodíaco. A astrologia conecta os astros ao Logos, e Logos é Deus! È essa ligação, esse elo entre o ser humano e Deus que os cientistas da UAI esqueceram!

O renomado astrônomo Assuramaya escreveu em seu site: “(...) E eu tinha uma frase, na ponta da língua, para demonstrar a resultante científica de minhas conclusões: “Deus se manifesta no mundo fenomenal, através do Espectro de Radiações” (...) As influências astrais se processam exatamente em sintonia com a Evolução em todos os seus planos, no macro e no microcosmo...

A meu ver, Deus se manifesta através de símbolos que estão debaixo de nossos olhos, basta ter olhos para ver! O mundo fenomenal os materializa, simplesmente.

Para concluir: lembrarei a segunda Lei Hermética (ver no site Cabala):

Ӄ verdadeiro, completo, claro e certo.
O que está em cima é como o que está embaixo,
e o que está embaixo é como o que está em cima,
e por estas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só.
E como todas as coisas são e provém de UM,
pela mediação do UM,
todas as coisas são nascidas dessa única coisa por adaptação.
O Sol é seu Pai, a Lua é sua Mãe, o Vento a trouxe em seu ventre e a Terra é sua nutriz e receptáculo”.


Quero salientar que essa é minha opinião pessoal, minha convicção profunda atual, aquela que provém de meu coração, de minha voz interior. Isso não me impedirá de discutir e aceitar outras opiniões ou até de rever minhas opiniões no futuro, se isso for necessário. A aproximação com outras teorias será enriquecedor e acrescentará sempre algo importante aos meus conhecimentos.

Gostaria de saber o que vocês pensam a respeito, vocês leitores do STUM e do Astrosirius, que sempre me enriquecem com seus e-mails. Se tiverem indagações ou questões escrevam, ficarei feliz em responder.

A reflexão para essa semana está baseada nas palavras atribuídas a Hermes Trismegisto e escritas nas Tábuas de Esmeralda (O Caibalion):

‘As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre a Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, sua verdade foi propositadamente velada com os termos da alquimia e da astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem.’ (O Caibalion).

Uma boa semana a todos!

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Sobre o autor
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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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