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Relato de um amigo que se foi

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 08/04/2020 11:35:21


HÁ ALGO MAIS... UM AMOR, UMA LUZ - CXVIII*

Olá, pessoal.
Hoje é quarta-feira de cinzas e não tivemos a reunião do grupo de estudos e nem a da salinha de assistência espiritual, pois muitos ainda estão retornando de viagem.
Agora à noite, por volta das 20h, realizei um trabalho de irradiação de energia aqui na sala do meu apartamento. Pensei no Bem da humanidade e, através das mãos e dos chacras, mandei ver... Nesses momentos, fico bem concentrado e irradio tudo de bom, incondicionalmente.
Logo depois, pensei nos meus familiares e amigos queridos, de vários lugares e, de um a um, emanei energias a favor do Bem de todos eles e também aproveitei para dar um passe no Rama**, que, como sempre, estava deitado do meu lado no sofá. Isso porque ele estava ruim da barriga e sem comer direito o dia todo (e desconfortável por causa do calor do dia). E foi aí que rolou um lance espiritual especial...
De forma espontânea, o meu chacra coronário*** se expandiu para cima e ultrapassou extrafisicamente o teto e os andares acima do meu apartamento (moro no quinto andar e tem mais onze andares acima). E, lá em cima, vários metros além do teto do prédio, eu vi o espaço sideral, como se estivesse enxergando pelo topo da cabeça.
Ou seja, houve um alongamento energético do chacra para cima, e isso foi bem rápido, mas muito prazeroso. Na sequência, houve uma contração nessa energia e me vi novamente com o foco da atenção nas mãos e na irradiação de energia, que continuava a todo vapor.
Então, para minha surpresa, desceu na sala uma esfera de Luz amarela-dourada e, dentro dela, uma estrela prânica****, também douradinha. E ela girava sobre si mesma, espargindo energias maravilhosas no ambiente. Eu sabia que havia uma inteligência extrafísica patrocinando isso e que algo legal rolaria...
O meu chacra frontal***** também se ativou e, aí, por clarividência, eu vi a estrela se abrindo (e isso me permitia ver além, em outros planos). E foi então que eu vi um amigo em um ambiente extrafísico luminoso, e de lá ele também me via. Ou seja, a estrela tinha virado um portal interplanos e me permitia a comunicação mental com ele.
Ocorre que esse amigo desencarnou por doença cardíaca há uns dois anos atrás. Ele fazia parte de um grupo espiritualista de Caxias do Sul e era muito brincalhão, e fizemos muitas brincadeiras e piadas juntos. Ele tinha sido empresário e já era um sessentão quando eu o conheci. Além disso, suas duas filhas fizeram vários cursos comigo ao longo dos anos. E depois, ele mesmo começou a estudar e participar mais de atividades espirituais no centro espiritualista onde eu dou cursos e palestra até hoje.
Há dias que eu vinha me lembrando dele e já estava esperando algum contato mesmo. E ele não se fez de rogado e começou a conversar comigo mentalmente...
Ele me disse que estava estudando do "lado de lá" e que o mais impressionante era o que estava vendo sobre as repercussões dos pensamentos negativos e das emoções pesadas sobre as pessoas. E ele foi bem claro: essas repercussões psíquicas podem plasmar-se no corpo como várias doenças e perturbações. E elas também perturbam os centros vitais dos corpos sutis. E ele estava estarrecido, por agora ver como isso acontece...
Em seguida, ele pediu para eu dar uns recados para sua esposa e suas duas filhas. E é claro que essa parte eu não vou comentar aqui, é coisa pessoal. Mas uma coisa eu posso falar, por ser tema de esclarecimento espiritual e útil para outros estudantes espiritualistas.
É o fato das pessoas próximas de um familiar doente registrarem fortemente esses momentos em suas mentes. E isso faz com que elas produzam formas-pensamento****** relativas a isso. E como o doente está em condições físicas e psicológicas alteradas, elas ficam com essa impressão aflitiva dele. E, depois que ele desencarna e volta para casa, elas continuam se lembrando dele dos últimos tempos, depauperado e alterado. Ou seja, muitas vezes, é a última impressão que fica, em detrimento dos bons momentos anteriores, quando a pessoa estava bem.
E, aí, por clarividência, alguém pode ver essas formas mentais doloridas refletidas e pensar que viu o desencarnado (e que o mesmo está sofrendo). No entanto, a pessoa está bem "do lado de lá".
Ao longo dos anos, eu vi muita gente se enganando assim e fazendo leituras psíquicas equivocadas... e foi isso que o meu amigo ratificou para mim.
Ele me disse que ficou muito alterado nos últimos tempos e que sua condição de doente o fez maltratar as pessoas mais próximas, porque ele passava por muito desconforto e ficava muito irritado com tudo. E ele queria pedir desculpas por isso e pedir que seus familiares pensassem nele da época boa. Ele queria ser lembrado pelas risadas...
Ele me disse assim: "Wagner, diz para elas que eu não era esse homem alterado dos últimos tempos, que eu não era ruim assim. E que também sei que não era a pessoa mais calma do mundo, mesmo nos tempos bons. E só aqui é que eu pude me conhecer melhor. Por favor, diz para elas que eu sei o quanto eu sou amado e que a vida continua e, por isso, precisam sempre ir em frente e viver... e não se esqueça de dizer que eu estou rindo novamente e fazendo um monte de gente rir aqui por aqui. Você sabe, eu sou muito curioso e quero saber de tudo o que se passa... é velho hábito meu. E isso me faz conversar com todo mundo. E, com isso, eu descobri que posso ajudar aos outros, ouvindo-os e conversando com eles, dando-lhes atenção e companhia. E eu já queria conversar com você há tempos, para lhe contar tudo isso. Diz para todo mundo daí que eu sou o mesmo, mas renovado e repaginado. E que a vida continua..."
Então, ele riu e fez um gesto de despedida... e sua imagem foi se diluindo naquele ambiente luminoso. E eu vi a estrela girar novamente à minha frente, e minha atenção voltou para o ambiente de minha sala. Olhei o Rama dormindo profundamente e comecei a rir, contente por ter visto o meu amigo e sabendo que sua família ficaria feliz por finalmente eu ter notícias dele.
Mas o lance ainda não tinha terminado...
A estrela girou outra vez no centro da esfera e abriu outro portal interplanos... e eu comecei a ver outro ambiente extrafísico dentro dela. E tive outra surpresa!
Vi uma sala aconchegantes com vários espíritos em pé. Eles estavam juntos e concentrados. A princípio, eu só via suas figuras difusamente, mas sentia uma atmosfera boa vinda do lugar. Então, houve um clarão por cima deles e eu pude vê-los claramente (e eu sabia que tudo aquilo continuava sendo patrocinado por aquela inteligência extrafísica secreta e além das minhas percepções).
Era um grupo de cerca de uns doze homens em pé, juntos, concentrados e em clima de prece. E aí, eu os reconheci de imediato! Eram vários de meus amigos de infância e adolescência, e que já tinham partido para outros planos há tempos, todos vítimas de violência. A essa altura, eu via nitidamente, e eles me viam também. E eles estavam com a expressão de rosto renovada, e aparentavam estar muito bem e em paz.
E todos eles riram e ergueram suas mãos, e eu senti uma energia amistosa vinda deles para mim. E eu fiquei muito contente com isso, pois cresci com eles na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro e joguei muito futebol junto. E, com o tempo, por motivos variados, eles foram vítimas de violência e voltaram para casa... e eu não os esqueci.
Ah, quantas vezes, ao longo dos anos, eu me lembrei deles e fiz emanações de energia para que todos ficassem bem. Tanto tempo se passou... e, ocasionalmente, eu via um ou outro deles, mas sempre de forma fugaz. Até que, finalmente, eles estavam ali, e bem, como eu sempre vibrei para eles ficarem.
Ou seja, uma inteligência superior os juntou ali, para que houvesse o contato interplanos e eu soubesse que eles estavam em ótimas condições depois de tudo.
Não conversei com nenhum deles, pois o momento não era para isso. E nem era necessário. O que eu senti me disse tudo, em meu coração: eles queriam me agradecer por não tê-los esquecidos, e por ter ajudado com as vibrações positivas na intenção deles. E eu fiquei mais contente ainda e comecei a rir, também agradecido, por tudo.
Então, a estrela girou pela última vez... e foi sumindo na minha frente.
E eu fiquei aqui, quietinho, no escurinho da sala, grato àquela inteligência extrafísica sutil, que me patrocinou esse presente espiritual. E eu nem sei quem é, e isso não importa mesmo.
Ah, tantos anos de jornada espiritual e eu sempre me surpreendo com essas coisas, igual criança diante do infinito. E é por isso que eu sempre digo que "não sou mestre de nada e nem discípulo de coisa alguma", o que é verdade mesmo.
Eu sei do meu pequeno papel diante da Espiritualidade e do Infinito Imanente.
Assim como eu sei da alegria que a esposa e filhas do meu amigo vão sentir quando eu lhes contar o que ele me disse.
Porque há algo mais... um Amor, uma Luz.
Sempre...

P.S.:
Depois, quando eu falei com uma das filhas dele e contei-lhe tudo o que havia rolado, ela me disse o seguinte: "Wagner, nos últimos dias eu tenho sentido a presença do meu pai e até comentei sobre isso, que eu achava que ele queria me dizer alguma coisa. E agora você me confirma isso! E você não imagina o quanto esse recado veio no momento certo."
Pois é isso, meus amigos.
Aqui nesse relato, eu evitei comentar muitas coisas que o meu amigo me falou, sobre família, e sobre mim mesmo.
E eu repasso esses relatos em aberto por motivos de esclarecimento consciencial, pois podem ser úteis para reflexões de outros trabalhadores espirituais. E, assim, eu também colaboro em suas jornadas de estudo e prática.
Ah, o Rama já melhorou e comeu. O passe que eu dei nele funcionou bem.
Um abraço a todos.

Gratidão.
Paz e Luz.
Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
São Paulo, 1 de março de 2017.

- Notas:
* Esse texto fará parte do segundo volume do livro "Há Algo Mais... Um Amor, Uma Luz".
Obs.: o primeiro volume do livro está disponibilizado para download gratuito no site do IPPB - link
** Rama é um cãozinho da raça Yorkshire Terrier, de cor escura mesclada com tons claros, atualmente com oito anos de idade. O seu nome é uma homenagem a Rama, um dos maiores avatares da tradição hindu.
Ver o texto "Rama - Um Presentinho da Natureza - IV", postado no site do IPPB, no seguinte link: link
Obs.: Rama - na cosmogonia hinduísta, é o sétimo avatar de Vishnu, o Divino Presevador da Vida. Sua história é contada no épico "O Ramayana". Ao longo dos séculos, muitos iogues e iniciados tomaram o seu nome em homenagem as suas qualidades, como honra, Amor, generosidade, firmeza de caráter e serviço à Luz.
*** Chacra Coronário - é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito, o seu nome é "sahashara", o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
(A pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal - também chamada de "epífise" - é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo as projeções da consciência para fora do corpo físico).
Obs.: Chacras - do sânscrito - são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia - prana, chi - do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete, que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.
(Ver o texto "Chacras e Cura Psíquica - II", no seguinte link do site do IPPB: link - E, para mais informações detalhadas sobre bioenergia, aura e chacras, ver a seção específica no site do IPPB, no seguinte link: link
**** Estrela Prânica - do sânscrito, prana - a força vital; a energia - no contexto iogue é a estrela espiritual, manifestação do plano divino.
Obs.: Para melhor compreensão dos leitores sobre isso, sugiro a leitura desses dois textos:
- "Na Luz de Krishna - O Amor em Ação", postado no seguinte link:
link
- "A Canção das Estrelas-Bebês", postado no seguinte link:
link
***** Chacra Frontal - é o centro de força situado na área da glabela, no espaço espiritual interno da testa. Está ligado à glândula hipófise - pituitária - e tem relação direta com os diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas. É o chacra da aprendizagem e do conhecimento. Em sânscrito ele é conhecido como "Ajna", o centro de comando.
****** Formas-pensamento- Formações mentais modeladas e organizadas pelo pensamento e a imaginação; formas mentais; formas ideoplásticas.
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som o CD "Peachtree Road", do bom e velho Elton John, um dos grandes vocalistas do pop/rock inglês, e de quem sou fã desde a minha adolescência. Então, deixo, na sequência, alguns links do Youtube para algumas das lindas músicas desse disco.

Elton John:
- "All that I'm allowed (I'm thankful)" -


- "I can't keep this from you - link
- "Too Many Tears" - link
- "It's Getting Dark In Here - link
- "I stop and I breathe" - link


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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